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Deputado diz que não vai se afastar da Mesa
Sérgio Lima - 16.fev.2006/Folha Imagem
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O deputado João Caldas, que tem cargo na Mesa Diretora
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LETÍCIA SANDER
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Acusado de participação no
esquema da máfia das ambulâncias, o deputado João Caldas (PL-AL) avisou ontem que
não pedirá afastamento do cargo que ocupa na Mesa Diretora
da Câmara, a quarta secretaria.
"Se esse princípio for aplicado, então deveriam ser afastados os mais de 180 citados.
Aliás, se colocar a lista de Furnas e o mensalão na conta, aí
vão ter de chamar mais de 400
suplentes", ironizou. "Não cogito me afastar de forma alguma. Já deixei isso claro."
Na terça-feira, a CPI dos Sanguessugas aprovou requerimento pedindo o afastamento
de Caldas e do segundo secretário, Nilton Capixaba (PTB-RO),
também citado nas denúncias.
Ontem, Capixaba não respondeu às ligações da Folha. O presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B-SP) não se manifestou sobre o assunto.
Caldas e Capixaba não devem ser afastados dos cargos
porque foram eleitos por seus
pares e não podem ser destituídos por um ato unilateral da
presidência da Casa.
CPI
O presidente da CPI, deputado Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), afirmou que tentará entregar o primeiro relatório da comissão entre os dias 1º e 3 de
agosto. Ele começou a enviar
ontem as notificações aos 15
parlamentares que têm inquéritos abertos no Supremo Tribunal Federal por suposto envolvimento no esquema.
Novamente houve reclamação pela decretação de sigilo
das investigações por parte do
STF. O vice-presidente da comissão, deputado Raul Jungmann (PPS-PE), disse que
"existem parentes de ex-ministros do Supremo envolvidos no
esquema", sem citar nomes.
A CPI também aprovou a ida
de seis integrantes a Cuiabá
(MT) para ouvir, na próxima
semana, os depoimentos da ex-funcionária do gabinete do ministro da Saúde, Maria Penha
Lino, e dos donos da Planam.
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