São Paulo, quinta-feira, 06 de julho de 2006

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Capital dos bonés entra em crise com proibição de brindes imposta pelo TSE

JOSÉ MASCHIO
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

A decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) de proibir a distribuição de brindes em campanhas eleitorais colocou o município de Apucarana (norte do PR) em crise. Responsável por 85% da produção nacional de bonés, o município pode perder 2.000 empregos diretos e ampliar a crise no setor.
A cidade, de 110 mil habitantes, tem 12 mil trabalhadores (mais de 10% da população) diretamente envolvidos na confecção de bonés e brindes promocionais. A campanha eleitoral deste ano era a esperança que os fabricantes tinham para reverter um quadro ruim, com queda de 40% nos pedidos. A indústria de bonés promocionais sofre com a crise no setor agropecuário, grande consumidor de bonés promocionais, e com a concorrência chinesa, mais barata.
"A decisão do TSE só agravou nossa crise. A esperança é que duas ações diretas de inconstitucionalidade que estão no STF [Supremo Tribunal Federal] possam reverter essa quadro", disse André Luís do Espírito Santo, coordenador do Arranjo Produtivo Local de Apucarana. As ações não ainda estão na pauta de julgamento do STF.
Para ele, a expectativa era que a campanha eleitoral deste ano fosse responsável por pedidos de 10 milhões de bonés e brindes promocionais, com uma receita esperada entre R$ 25 e R$ 30 milhões.


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