DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os servidores públicos federais devem entrar em greve geral por tempo indeterminado a partir do próximo dia 22. A proposta foi aprovada ontem em reunião realizada em Brasília com participação de 300 delegados de todo o país. Eles querem reajuste salarial geral de 75,48%. Os representantes dos servidores argumentam que o governo não reajusta o salário de maneira linear desde 1995. O governo, por sua vez, argumenta que todo mundo recebeu algum tipo de reajuste.
Além do aumento salarial, os servidores querem a incorporação de gratificações e a garantia de que não haverá medidas que reduzam os salários dos inativos. Embora a greve esteja marcada para o dia 22, algumas categorias já vêm fazendo paralisações.
No Banco Central, os funcionários estão fazendo paralisações de duas horas por dia desde a última quinta-feira e aprovaram, na semana passada, o indicativo de greve para a próxima quarta-feira, quando também está previsto o início de greve dos servidores da Saúde e Previdência Social.
O secretário-geral-adjunto do Sindicato dos Servidores Públicos Federais, Cláudio Santana, disse que a greve deverá ter a adesão de todos os servidores públicos, cerca de 1,2 milhão. Santana disse que os servidores da Imprensa Nacional, responsável pelo "Diário Oficial" da União, estão em greve há cerca de 15 dias e algumas universidades federais também já realizaram paralisações.
Os representantes dos servidores públicos devem ter reunião amanhã com o ministro Martus Tavares (Planejamento) para tentar iniciar uma negociação.



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