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Viana sugere que governo troque "lançamentos por inaugurações"
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O governador do Acre, Jorge
Viana (PT), saiu do tom de apoio
irrestrito ao Planalto que dominava ontem o encontro de prefeitos
e governantes estaduais do partido, em Brasília, e cobrou medidas
concretas da União -em especial
na área social.
"O presidente tem empenhado
sua biografia na reforma agrária.
Não posso aceitar que se aumente
os acampamentos na beira de estradas no nosso governo. Não tem
sentido ficar anunciando publicamente que vamos assentar acampados. Isso não se diz, se faz", afirmou, em discurso.
O governador defendeu a troca
do lançamento de programas por
inaugurações. "Se é programa de
microcrédito, em vez de lançar no
Palácio do Planalto, podia escolher alguma região do país e inaugurar o programa atendendo mil
pessoas. Talvez atrasasse em uns
20 dias, mas a sociedade veria isso
acontecendo", disse ele.
O petista também cobrou apoio
do governo federal para o sucesso
de programas nos Estados, de
olho nas eleições municipais do
próximo ano. "Temos que definir
que tratamento vamos dar aos
nossos governadores e prefeitos.
Não estou querendo privilégios.
Estou querendo uma linha política para nossos programas, que
têm que dar certo, como o Fome
Zero, nos nossos governos. Os
ministros têm que entender isso."
Questionado sobre o que especificamente estaria cobrando dos
ministros, ele respondeu que seria
"um trabalho mais afinado".
O governador, porém, saiu em
defesa do governo ao citar o protesto de prefeitos quanto à queda
nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios. "Estão
criando um movimento artificial
de crise profunda de receitas para
colocar o presidente Lula como
bode expiatório de seus fracassos
às vésperas da renovação dos
mandatos, no ano que vem."
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