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São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2003

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Viana sugere que governo troque "lançamentos por inaugurações"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA

O governador do Acre, Jorge Viana (PT), saiu do tom de apoio irrestrito ao Planalto que dominava ontem o encontro de prefeitos e governantes estaduais do partido, em Brasília, e cobrou medidas concretas da União -em especial na área social.
"O presidente tem empenhado sua biografia na reforma agrária. Não posso aceitar que se aumente os acampamentos na beira de estradas no nosso governo. Não tem sentido ficar anunciando publicamente que vamos assentar acampados. Isso não se diz, se faz", afirmou, em discurso.
O governador defendeu a troca do lançamento de programas por inaugurações. "Se é programa de microcrédito, em vez de lançar no Palácio do Planalto, podia escolher alguma região do país e inaugurar o programa atendendo mil pessoas. Talvez atrasasse em uns 20 dias, mas a sociedade veria isso acontecendo", disse ele.
O petista também cobrou apoio do governo federal para o sucesso de programas nos Estados, de olho nas eleições municipais do próximo ano. "Temos que definir que tratamento vamos dar aos nossos governadores e prefeitos. Não estou querendo privilégios. Estou querendo uma linha política para nossos programas, que têm que dar certo, como o Fome Zero, nos nossos governos. Os ministros têm que entender isso."
Questionado sobre o que especificamente estaria cobrando dos ministros, ele respondeu que seria "um trabalho mais afinado".
O governador, porém, saiu em defesa do governo ao citar o protesto de prefeitos quanto à queda nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios. "Estão criando um movimento artificial de crise profunda de receitas para colocar o presidente Lula como bode expiatório de seus fracassos às vésperas da renovação dos mandatos, no ano que vem."


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