São Paulo, quarta-feira, 06 de agosto de 2008

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Protógenes pede ao STF para não depor hoje

Delegado, que chegou à Corte quando já não havia mais ministros, quer que sessão ocorra após final de curso

FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com o tribunal já fechado, o delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz, responsável pelas investigações da Operação Satiagraha, esteve pessoalmente na noite de ontem no STF (Supremo Tribunal Federal), onde entrou com um mandado de segurança para adiar sua ida à CPI dos Grampos, marcada para hoje.
Protógenes chegou ao tribunal por volta das 22h, quando todos os ministros já haviam ido embora. Porém, ontem mesmo o mandado foi distribuído ao ministro do STF Carlos Alberto Menezes Direito.
Até o fechamento desta edição não havia saído decisão sobre o mandado de segurança.
Acompanhado de dois amigos advogados e de sua mulher, também advogada, Protógenes esperou por cerca de 30 minutos na portaria do tribunal.
Ao entregar o texto da ação na portaria, o segurança de plantão perguntou o nome do até então desconhecido que chegava tarde da noite no Supremo: "Meu nome é Protógenes Queiroz", disse. "Ah, o delegado, né?", respondeu o plantonista, abrindo um sorriso.
Com os advogados e a mulher, Protógenes conversou sobre a "celeridade" da Justiça e a "midiatização" das CPIs. Não quis dar entrevistas. Ele disse apenas, com ironia: "Fui muito bem recebido [no Supremo], como aliás todos estão sendo tratados ultimamente".
Em seu pedido para adiar a ida à CPI, ele diz que o depoimento atrapalharia o curso que faz na PF. Pediu, portanto, que a convocação aconteça após o término do curso, no dia 22.
O mesmo pedido foi feito à CPI, mas o deputado Marcelo Itagiba (PMDB), presidente da comissão, negou alegando falta de "amparo legal".


Colaborou MARIA CLARA CABRAL , da Sucursal de Brasília


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