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Protógenes pede ao STF para não depor hoje
Delegado, que chegou à Corte quando já não havia mais ministros, quer que sessão ocorra após final de curso
FELIPE SELIGMAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com o tribunal já fechado, o
delegado da Polícia Federal
Protógenes Queiroz, responsável pelas investigações da Operação Satiagraha, esteve pessoalmente na noite de ontem
no STF (Supremo Tribunal Federal), onde entrou com um
mandado de segurança para
adiar sua ida à CPI dos Grampos, marcada para hoje.
Protógenes chegou ao tribunal por volta das 22h, quando
todos os ministros já haviam
ido embora. Porém, ontem
mesmo o mandado foi distribuído ao ministro do STF Carlos Alberto Menezes Direito.
Até o fechamento desta edição
não havia saído decisão sobre o
mandado de segurança.
Acompanhado de dois amigos advogados e de sua mulher,
também advogada, Protógenes
esperou por cerca de 30 minutos na portaria do tribunal.
Ao entregar o texto da ação
na portaria, o segurança de
plantão perguntou o nome do
até então desconhecido que
chegava tarde da noite no Supremo: "Meu nome é Protógenes Queiroz", disse. "Ah, o delegado, né?", respondeu o plantonista, abrindo um sorriso.
Com os advogados e a mulher, Protógenes conversou sobre a "celeridade" da Justiça e a
"midiatização" das CPIs. Não
quis dar entrevistas. Ele disse
apenas, com ironia: "Fui muito
bem recebido [no Supremo],
como aliás todos estão sendo
tratados ultimamente".
Em seu pedido para adiar a
ida à CPI, ele diz que o depoimento atrapalharia o curso que
faz na PF. Pediu, portanto, que
a convocação aconteça após o
término do curso, no dia 22.
O mesmo pedido foi feito à
CPI, mas o deputado Marcelo
Itagiba (PMDB), presidente da
comissão, negou alegando falta
de "amparo legal".
Colaborou MARIA CLARA CABRAL ,
da Sucursal de Brasília
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