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Assédio de Serra faz PV buscar Marina
Com um pé no governo Lula e outro na administração tucana, partido teme deflagração de racha em 2010
Para dirigente da legenda, lançamento de nome para a Presidência vai registrar a marca do partido; Marina ainda analisa troca de sigla
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma investida do governador José Serra (PSDB) pesou
para a opção do PV pela candidatura própria à Presidência no
ano que vem. Com potencial de
abalo sobre a campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), a ideia de candidatura da
senadora Marina Silva (PT-AC)
à sucessão presidencial teve
também origem no flerte de tucanos e democratas com o PV.
Dividido, com uma cadeira
no ministério do presidente
Luiz Inácio Lula da Silva e outra no governo Serra, o PV teme
a deflagração de um racha. Daí,
a opção pela candidatura.
Presidente do PV do Rio e um
dos articuladores do acordo pelo qual Marina deixaria o PT
para concorrer à Presidência, o
vereador Alfredo Sirkis admite
que, além do interesse de registrar a marca do partido na disputa, o risco de implosão foi levado em conta.
"Uma coisa é administrar divergências por 15 dias [no segundo turno]. Outra é um ano
de pancadaria", reconheceu.
Serra -que tem o secretário
municipal Eduardo Jorge entre
os principais aliados- intensificou a ofensiva sobre o PV neste ano, ao acomodar o partido
na Secretaria de Ação Social.
Ele insiste para que Fernando
Gabeira seja seu candidato ao
governo do Rio.
Dizendo não ter "tanta certeza de que a candidatura dela seja ruim para Serra", Gabeira se
reúne hoje com Marina.
Ontem, Marina afirmou que
está avaliando a proposta do
PV, mas que não irá prolongar o
período de análise. Em São
Paulo, ela criticou ministérios
que impuseram dificuldades a
ações ambientais durante sua
gestão no Meio Ambiente. Ela
ressaltou que leva em consideração o fato de nenhum partido
ver a questão como estratégica
-inclusive o PT.
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