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Apoio do PDT abre caminho para instalar CPI contra governadora
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM PORTO ALEGRE
Três deputados estaduais
dissidentes da bancada do PDT
na Assembleia Legislativa do
Rio Grande do Sul assinaram
ontem requerimento de instalação de uma CPI para investigar as denúncias de corrupção
no governo de Yeda Crusius
(PSDB). Os escândalos envolvendo o Executivo gaúcho começaram em 2007.
Giovani Cherini, Gerson
Burmann e Kalil Sehbe assinaram o pedido no final da tarde,
logo depois do anúncio da ação
do Ministério Público Federal
contra a governadora.
Com isso, o requerimento soma 20 assinaturas -o regimento interno da Assembleia prevê
19 adesões para a criação de
uma CPI. O pedido para investigar o governo gaúcho foi apresentado em maio pela deputada
Stela Farias (PT). O requerimento será encaminhado hoje
à presidência da Casa.
Os dissidentes se recusavam
a assinar o requerimento por
considerar insuficientes as
acusações contra Yeda. Dos
seis deputados do PDT, apenas
Adroaldo Loureiro, Paulo Azeredo e Coffy Rodrigues haviam
assinado o pedido.
A decisão foi anunciada pelo
presidente estadual do PDT,
Romildo Bolzan Júnior. "Finalmente chegamos a um consenso", afirmou.
Giovani Cherini, um dos dissidentes, reconheceu ainda que
o momento político favoreceu a
decisão. "Neste momento, a
CPI fará uma análise política
dos fatos. Até porque a análise
técnica já está sendo feita pelo
Ministério Público", disse.
A CPI deverá investigar indícios de fraudes em licitações de
obras viárias, de saneamento e
de irrigação sob responsabilidade do governo gaúcho, descobertos pela Operação Solidária.
Além da CPI, dois pedidos de
impeachment da governadora
também tramitam na Assembleia -um movido pelo PSOL e
outro pela Federação dos Servidores Públicos Estaduais.
O chefe da Casa Civil do Estado, José Alberto Wenzel, lamentou a decisão. "Não há fatos novos para serem investigados. A ação do Ministério Público é baseada em fatos requentados", disse.
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