São Paulo, quinta-feira, 06 de agosto de 2009

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Apoio do PDT abre caminho para instalar CPI contra governadora

COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Três deputados estaduais dissidentes da bancada do PDT na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul assinaram ontem requerimento de instalação de uma CPI para investigar as denúncias de corrupção no governo de Yeda Crusius (PSDB). Os escândalos envolvendo o Executivo gaúcho começaram em 2007.
Giovani Cherini, Gerson Burmann e Kalil Sehbe assinaram o pedido no final da tarde, logo depois do anúncio da ação do Ministério Público Federal contra a governadora.
Com isso, o requerimento soma 20 assinaturas -o regimento interno da Assembleia prevê 19 adesões para a criação de uma CPI. O pedido para investigar o governo gaúcho foi apresentado em maio pela deputada Stela Farias (PT). O requerimento será encaminhado hoje à presidência da Casa.
Os dissidentes se recusavam a assinar o requerimento por considerar insuficientes as acusações contra Yeda. Dos seis deputados do PDT, apenas Adroaldo Loureiro, Paulo Azeredo e Coffy Rodrigues haviam assinado o pedido.
A decisão foi anunciada pelo presidente estadual do PDT, Romildo Bolzan Júnior. "Finalmente chegamos a um consenso", afirmou.
Giovani Cherini, um dos dissidentes, reconheceu ainda que o momento político favoreceu a decisão. "Neste momento, a CPI fará uma análise política dos fatos. Até porque a análise técnica já está sendo feita pelo Ministério Público", disse.
A CPI deverá investigar indícios de fraudes em licitações de obras viárias, de saneamento e de irrigação sob responsabilidade do governo gaúcho, descobertos pela Operação Solidária.
Além da CPI, dois pedidos de impeachment da governadora também tramitam na Assembleia -um movido pelo PSOL e outro pela Federação dos Servidores Públicos Estaduais.
O chefe da Casa Civil do Estado, José Alberto Wenzel, lamentou a decisão. "Não há fatos novos para serem investigados. A ação do Ministério Público é baseada em fatos requentados", disse.


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