São Paulo, quarta-feira, 06 de setembro de 2006

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ELEIÇÕES 2006 / DATAFOLHA

Alckmin diz que precisa crescer 3 ou 4 pontos, mas reafirma 2º turno

Tucano pede empenho de prefeitos de SP em campanha; PT espera mais ataques, mas rejeita reação

Resultado de pesquisa frustra expectativas do PSDB e de seus aliados, que esperavam crescimento do candidato em setembro


DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, pediu ontem empenho de prefeitos do Estado de São Paulo para assegurar um lugar no segundo turno da eleição. Minutos após a divulgação do Datafolha, em discurso, ele disse que a campanha está precisando de uma pesquisa que indique crescimento de três a quatro pontos.
Segundo um participante do encontro, Alckmin disse que, para a militância, uma boa pesquisa funcionaria como "Viagra". E "essa pesquisa virá", acrescentou. Na reunião, ele listou resultados positivos de pesquisas realizadas pelo país para dizer que vai para o segundo turno. O tucano sugeriu que os prefeitos dêem visibilidade à sua candidatura, com distribuição de adesivos e panfletagem.
O PSDB distribuiu pesquisas feitas no Estado para mostrar em que cidades governadas por tucanos Lula supera Alckmin. Além da Baixada Santista, a grande São Paulo é alvo de preocupação.
No roteiro fixado pelo comando da campanha, Alckmin deveria dar sinais de crescimento a partir de setembro -como ele mesmo dizia, "no 7 de Setembro". Entre aliados, a intenção é aguardar a evolução das pesquisas até a semana que vem. Mantido o cenário, o candidato adotará uma estratégia ainda mais agressiva.
Essa reação já é esperada pela cúpula petista, que diz que a campanha de Lula não mudará. O presidente do PT, Ricardo Berzoini, afirmou que a pesquisa mostra estabilidade em um patamar muito alto.
"Acharia melhor se a gente tivesse crescido. Em setembro, precisamos de reação para garantir segundo turno", disse José Jorge, vice de Alckmin.
"Era esperado o cenário de estabilidade, que se confirmou", disse o coordenador da campanha, Sérgio Guerra (PSDB-PE). À noite, Alckmin era esperado em Brasília para um encontro com o presidente do PSDB, Tasso Jereissati (CE).


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