São Paulo, quinta-feira, 06 de setembro de 2007 |
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Painel RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br Votando com o vento
As previsões de placar apertado para a votação da
cassação de Renan Calheiros (PMDB-AL) em plenário, na próxima quarta, indicam que o destino do presidente do Senado está nas mãos de gente que decidirá "de acordo com o vento", na definição de um parlamentar. Trata-se de um grupo atento a clamores da
opinião pública, mas cioso de garantir bom trânsito
na Casa se ficar claro, nas horas anteriores à votação,
que o peemedebista tem boas chances de escapar. Do além. Os "demos" ACM Júnior e Cesar Borges rejeitam a crença, difundida na Casa, de que votarão com Renan "em memória" de Antônio Carlos. A dupla diz que, se vivo fosse, o senador teria percebido que a situação do amigo se tornou insustentável. Peneira. No PMDB, além dos votos certos contra Renan, como Jarbas Vasconcelos (PE) e Pedro Simon (RS), começaram a dar sinais de indocilidade Garibaldi Alves (RN) e Neuto de Conto (SC). Boca-de-urna. Os garçons do restaurante do Senado estão em campanha aberta por Renan. Um deles, após oferecer a Delcídio Amaral (PT-MS) uma dose de vinho do Porto, disparou: "Vocês não vão cassar o homem, né?". Tal pai... Agora que conseguiu instalar um dos filhos no governo, Romeu Tuma (DEM-SP) pôs de molho a CPI da Petrobras, cujas assinaturas necessárias conseguiu há mais de uma semana.
... tal filho. Apresentar requerimentos e depois engavetá-los era rotina na Comissão
de Defesa do Consumidor da
Câmara na época em que foi
presidida por Robson Tuma,
outro filho do senador. No caso Renan, Tuma pai ainda é
considerado voto incerto. Um passo atrás. Após fazer algum barulho, o bloquinho (PDT, PC do B e PSB) cancelou o restante dos eventos programados pelo país que lançariam a "frente de esquerda", apresentada como alternativa ao PT em 2010. Presidenciável do grupo, Ciro Gomes (PSB-CE) disse a aliados que é hora de submergir. En passant. O presidente do PT, Ricardo Berzoini, conduzia ontem reunião da direção do partido sobre a eleição interna de dezembro quando incluiu, no meio de uma frase, a observação "como não vou mais ser candidato...". Ele tem dito que, por "questões familiares", quer deixar o posto, mas há quem não acredite. Jogral. Alceni Guerra (DEM-PR), ex-ministro de Fernando Collor, usou ontem a tribuna da Câmara para discursar sobre os políticos que chegam "ao fundo do poço" e conseguem se recuperar. Foi aparteado por Ibsen Pinheiro (PMDB-RS), outro que é colocado no rol dos injustiçados.
Radical. Luiz Cavani, prefeito de Itapeva, cidade do interior de São Paulo, deixou o
PT para entrar no PSDB do
governador José Serra. Os ex-correligionários atribuem a
decisão de Cavani ao suposto
"medo" de ficar isolado ao
tentar a reeleição, já que aliados de Lula no plano federal
estão com tucanos no Estado.
Contraponto
José Serra foi a Santos anteontem para anunciar um
pacote de medidas contra a mortalidade infantil na Baixada, região que registra o pior índice do Estado. Depois de
explicar o projeto a políticos locais, seguiu para uma entrevista ao vivo em uma emissora de televisão. |
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