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PSDB vê pepebista como inimigo
LUIZA DAMÉ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PSDB elegeu o candidato Paulo Maluf (PPB) como inimigo do
partido, mas não deverá formalizar apoio à petista Marta Suplicy.
A direção nacional liberou os tucanos paulistanos para decidirem
como se comportar em São Paulo,
mas com o alerta de que o PT é
adversário do PSDB em 2002 e
também nestas eleições.
"Nenhum tucano paulista tem o
direito de pensar em votar em
Maluf nem em branco nem nulo.
Se declarar (voto em Maluf), será
expulso", afirmou o deputado
Paulo Kobayashi (PSDB-SP).
Segundo Kobayashi, integrante
da Executiva Regional de São
Paulo, o PSDB vai orientar os filiados para votar em Marta, sem
comprometimento partidário
com a campanha nem com o futuro governo, se ela for vitoriosa.
"Temos fortes divergências políticas com o PT. Com Maluf temos
tudo isso mais a questão ética."
A tendência do PSDB, segundo
o deputado, é adotar comportamento idêntico ao do PT nas eleições de 1998, quando o governador Mario Covas (SP) disputou o
segundo turno com Maluf. Líderes petistas declararam voto em
Covas, mas o partido não formalizou a aliança com o PSDB.
O secretário-geral do PSDB, deputado Marcio Fortes (RJ), afirmou que não deverá haver um
apoio institucional do partido à
petista porque em outras cidades,
incluindo Campinas e Mauá em
São Paulo, PT e PSDB estão disputando o segundo turno.
Reuniões
A cúpula tucana se reuniu nos últimos dois dias em Brasília e trocou telefonemas com governadores para decidir o comportamento do partido nas cidades onde
não disputa o segundo turno.
A intenção inicial, anunciada
anteontem por Marcio Fortes, era
recomendar o apoio aos partidos
aliados e evitar alianças com o PT,
para não fortalecer as candidaturas petistas em 2002.
Na reunião de ontem, a Executiva Nacional do PSDB decidiu
transferir para os diretórios municipais e regionais a responsabilidade de definir o comportamento do partido em cada cidade.
A decisão foi articulada em almoço na casa do líder tucano no
Senado, Sérgio Machado (CE),
com a participação de ministros.
"Nós chegamos à conclusão de
que vamos colaborar pouco e
criaremos constrangimentos em
municípios onde a decisão local
for diferente da orientação nacional", afirmou Fortes, referindo-se
à situação do PSDB do Paraná,
cujo diretório se antecipou à direção nacional.
O senador Álvaro Dias, que domina o PSDB no Estado, já havia
anunciado apoio a Ângelo Vanhoni, candidato do PT a prefeito
de Curitiba, contra o pefelista
Cássio Taniguchi.
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