São Paulo, sábado, 06 de outubro de 2001

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PAINEL

Fila indiana
Encerrado o caso Jader Barbalho (PMDB-PA) no Senado, o Conselho de Ética irá analisar agora a abertura de um processo de cassação contra Luiz Otavio (PA). O senador é acusado de desviar recursos do BNDES.

Barca furada
Na próxima semana, a senadora Heloísa Helena (PT-AL), relatora do Conselho de Ética, irá pedir a cassação de Luiz Otavio. Uma empresa ligada a familiares do parlamentar paraense recebeu um empréstimo para construir balsas. Mas as embarcações não foram construídas.

Exemplo do mestre
Aliados de Jader (PMDB) no Pará também estão ameaçados de perder seus cargos. O prefeito de Altamira, Domingos Juvenil (PMDB), por exemplo, é suspeito de ter-se beneficiado dos desvios de recursos da Sudam.

Em cascata
Outro correligionário de Jader, Wirlan Freire, prefeito de Itaetuba, é investigado pela Câmara Municipal sob suspeita de desvio de recursos do Fundef (um fundo do Ministério da Educação) e pode ser cassado.

Pegadinha socialista
Filiado ontem ao PPS, Otávio Mesquita acompanhará Ciro em alguns comícios. O apresentador diz que não disputará a eleição de 2002. Mas analisa convite para para ser candidato a vice-prefeito em Guarulhos em 2004.

Mundo à parte
O PSDB do Acre tentará alterar a recomendação da Executiva do partido contrária a alianças com o PT. Argumentará que, em razão da influência do narcotráfico na política, o Estado vive uma situação específica e que é preciso unir forças para reeleger Jorge Viana (PT).

Memórias
Dante de Oliveira lançará em janeiro um livro sobre a campanha das Diretas-Já. O governador está tomando depoimentos de personagens da época, entre os quais o presidente FHC.

Um a menos
Embora mantenha o discurso oficial de que é candidato a presidente, Paulo Renato (Educação) já dá como fato sua candidatura ao Senado por São Paulo. Ao mesmo tempo, articula adesões a Tasso Jereissati (CE).

Novo rumo
Paulo Renato considera ter subido um degrau na carreira política ao lançar-se à Presidência. "Há um ano eu não conseguiria ser candidato nem a deputado. Hoje consolidei meu nome para o Senado", disse a amigos.

Tratamento vip
Tasso (CE) reclamou ao presidente do PSDB, José Aníbal, por ter tido apenas cinco minutos para discursar no encontro de Goiânia, enquanto Serra (SP) falou por mais de 20. "É proporcional ao PIB do Estado", ironizou Almir Gabriel (PA).

Homenagem frustrada
O PSDB de Goiás estendeu uma faixa em homenagem a José Gregori (Justiça) em frente ao local do encontro do partido, realizado ontem: "Goiás sente-se honrado em recebê-lo". Detalhe: o ministro não foi ao evento.

Abono federal
Ao inaugurar ontem a hidrelétrica do Tocantins, FHC contrariou o Ministério Público, que considera ter havido irregularidades ambientais na obra. O procurador Mário Lúcio Avelar pediu a prisão do chefe do licenciamento ambiental do governo do TO. A Justiça analisa o caso.

Caiu no esquecimento
Marta Suplicy (PT-SP) ainda não nomeou o novo conselheiro do Tribunal de Contas do Município. O cargo, preenchido interinamente por uma procuradora, está vago há nove meses.

Medo do carimbo
Fernando Collor convidou o usineiro Bob Lyra para ser seu suplente na campanha ao Senado. Lyra diz estar em dúvida. Acha arriscado associar-se publicamente ao ex-presidente.

TIROTEIO

De Antonio Britto (PPS-RS), sobre Brizola retirar seu apoio a Ciro após o ex-governador gaúcho ter-se filiado ao PPS.
- O doutor Brizola mais uma vez está sendo manhoso. Mas eu não me arrependo de ter participado de programas eleitorais do PDT quando eles [pedetistas] precisaram.

CONTRAPONTO

Escândalo em síntese

Na semana passada, numa reunião da CPI do Proer, o presidente da comissão, Gustavo Fruet (PMDB-PR), pediu objetividade na fala do colega José Roberto Batochio (PDT-SP).
Para ilustrar o que dizia, contou a história de uma professora que solicitou aos alunos uma redação de apenas uma frase com os temas sexo, religião e nobreza. Um aluno escreveu na lousa:
"- Meu Deus, como foi bom!- disse a princesinha, ainda ofegante".
O deputado Ricardo Berzoini (PT-SP) falou em seguida. Ele queria estabelecer uma relação entre a história contada por Fruet e os trabalhos da CPI. Imaginou então uma redação de uma frase com os temas Proer, religião e impunidade. Ficaria assim, segundo Berzoini:
"- Meu Deus, como o Proer foi bom! - disse o banqueiro Ângelo Calmon de Sá (ex-Econômico), ainda ofegante".


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