São Paulo, sábado, 06 de outubro de 2001

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Cúpula tucana descarta prévias para sucessão

DOS ENVIADOS A GOIÂNIA

A realização de prévias para definir o candidato tucano à sucessão de FHC foi praticamente sepultada no encontro de ontem da cúpula do partido em Goiânia.
Embora defendida por líderes do partido -principalmente aliados do governador Tasso Jereissati (CE)-, a tese foi abortada por falta de consenso e será discutida na próxima reunião, que deve ocorrer entre o final de novembro e o início de dezembro. Os próprios defensores das prévias avaliam que não haverá mais tempo para viabilizá-la.
De concreto, apenas a vaga definição de que o candidato tucano será escolhido no primeiro trimestre de 2002.
Sem prévias, a escolha deve ser restrita à cúpula do partido. A avaliação entre os tucanos é que é cada vez mais provável que o nome seja definido por Fernando Henrique Cardoso e alguns interlocutores, o que, em tese, favorece José Serra.
A adoção das prévias foi defendida na reunião pelo ministro Pimenta da Veiga (Comunicações), apoiador da candidatura Tasso. Para ele, os pré-candidatos deveriam sair em campanha entre fevereiro e março e a eleição interna ocorreria no mês seguinte.
Outros tucanos próximos a Tasso, como o ministro Paulo Renato Souza (Educação) e o deputado José Aníbal (presidente da sigla), também defenderam as prévias e o adiamento da escolha do nome.
Mas os aliados de Serra trataram de refutar a proposta. Para o deputado Alberto Goldman (SP), esse método traria desgaste ao partido, que chegaria enfraquecido à eleição presidencial. (OTÁVIO CABRAL E RAYMUNDO COSTA)


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