São Paulo, sábado, 06 de outubro de 2001

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Leia a íntegra da nota divulgada pelo ministro

DA REDAÇÃO

Leia a seguir a íntegra da nota oficial divulgada ontem pelo Ministério da Fazenda:
"A propósito de pedidos de informação e de especulações sobre filiação partidária, o ministro Pedro Malan tem as seguintes declarações a fazer:
Minha filiação neste momento a um partido político só teria sentido se pretendesse lançar-me candidato a cargo eletivo em 2002, o que não é o caso, como tenho reiterado inúmeras vezes, de público, pelo menos desde o início do ano 2000. Apesar de não ter um projeto político pessoal, serei um ativo participante do debate público ao longo dos próximos 12 meses, defendendo a importância das transformações realizadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso, que, estou seguro, serão reconhecidas se prevalecer o sentido de perspectiva que hoje a muitos parece faltar.
A não-filiação não significa, de forma alguma, qualquer avaliação negativa de minha parte sobre a vida política. Pelo contrário, considero a atividade política uma das mais nobres atividades a que alguém pode se dedicar quando exercida com dignidade, padrões éticos de conduta, preocupação permanente com o interesse público e com o futuro do Brasil e de seu povo. Uma democracia moderna precisa de mais políticos capazes de pensar o país, pensar o mundo e pensar o país no mundo. O mundo do século 21.
Gostaria de expressar meu reconhecimento a inúmeros amigos, conhecidos e, em particular, aos desconhecidos que me encorajaram a filiar-me e a manter aberta a possibilidade de candidatura. Todos estes sabem, como sabem milhões de brasileiros, que o Brasil mudou, que o Brasil está mudando e que, como o mundo, o Brasil precisa continuar a mudar, apesar de seus inúmeros e inegáveis problemas: econômicos, políticos, institucionais e, principalmente, sociais. Não temos alternativa, como sociedade, senão reconhecer esses problemas, enfrentá-los sem demagogia e buscar seu equacionamento com perseverança, sentido de direção, visão de mundo e um mínimo de auto-estima, senso de identidade nacional, coesão social e confiança no país e em seu futuro."


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