São Paulo, domingo, 06 de outubro de 2002 |
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PAINEL Segunda fase Na hipótese de a eleição não acabar hoje, Lula espera divulgar ainda nesta semana o apoio dos quatro candidatos que ficarem fora da fase final. O petista avalia que terá o voto de Garotinho, se Serra continuar na disputa. E o do tucano, caso o candidato do PSB seja o adversário. Estado de divisão Serra considera que Garotinho deverá apoiar mesmo Lula, se o candidato do PSB ficar de fora da eleição. Mas tem uma esperança: um eventual segundo turno entre Rosinha (PSB) e Benedita (PT) no RJ. Nesse caso, acha o tucano, Garotinho não poderá subir no palanque de Lula. Canal de diálogo Se o presidenciável governista for para a fase final da eleição, o ex-ministro Moreira Franco (PMDB-RJ) será o emissário de Serra para uma tentativa de aproximação com Garotinho. Moeda de troca Além de afinidade política, Lula tem outro argumento na manga para tentar obter o apoio de Garotinho num eventual segundo turno contra José Serra: um ministério e outros cargos de segundo escalão ao PSB. Método aprovado Indo para o segundo turno, Serra acredita que conseguirá reagrupar todos os os partidos que apoiaram o governo FHC: PSDB, PMDB, PFL, PPB e PTB. O argumento do tucano é o mesmo: cargos em ministérios. Frente fracionada Se Ciro ficar mesmo fora da disputa, o PDT deve apoiar Lula, independentemente do adversário do petista. O PPS também, apesar da proximidade entre Roberto Freire e FHC. Já o PTB fará exigências: assento na Mesa da Câmara e cargos no governo. Bolsa de apostas Dois nomes ganham força como possível presidentes do Banco Central em um eventual governo Lula: Henrique Meirelles, ex-presidente do BankBoston, e Fábio Barbosa, do ABM. Veneno cearense A interlocutores, Tasso Jereissati (PSDB-CE), que está com Ciro Gomes (PPS), tem dito que, como homem de partido, votará em Serra num eventual segundo turno contra Lula. Mas que não ficará nada triste se o petista for o próximo presidente do Brasil. Outra campanha Os peemedebistas José Sarney e Renan Calheiros já estão em campanha pela presidência do Congresso, que ocorrerá em 2003. Os dois têm feito ligações para os senadores com mandato assegurado até 2006 e para os favoritos na eleição de hoje. Relógio adiantado Renan afirma que só disputará a presidência do Senado em caso de vitória de Serra. Se Lula for o presidente, o alagoano não baterá chapa com Sarney e tentará manter a liderança do PMDB. Já Sarney irá para a disputa de qualquer jeito: com seu aliado Lula ou com seu inimigo Serra. Agora vai Zé Maria, presidenciável do PSTU, recebeu cartas de apoio do escritor James Petras e da trotskista francesa Arlette Laguiller. Lema de Petras: "É melhor votar num candidato que nós queremos, e que ele não seja eleito, do que ganhar com um candidato que não queremos". Eleitorado sindical A Federação Nacional dos Agentes da PF divulgou manifesto na internet no qual pede votos para Lula. A entidade diz que é em repúdio "à colaboração de parte dos delegados da PF" à candidatura Serra. Alto custo Assessor de Mário Covas durante o governo do tucano, o candidato a deputado estadual Tião Farias (PSDB-SP) inovou: distribuiu santinhos em DVD. TIROTEIO Do ex-ministro Delfim Netto (PPB), comentando o desempenho dos candidatos à Presidência no debate de quinta-feira, na Rede Globo: - Foi uma tremenda decepção. Nenhum deles demonstrou possibilidade de se tornar um verdadeiro estadista. Os quatro foram tecnocráticos, reproduzindo o que seus economistas dizem e obedecendo cegamente aos seus marqueteiros. Houve um empate técnico absoluto. CONTRAPONTO Motivos insones
Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e
José Serra (PSDB) foram jantar
com assessores e artistas após o
debate de quinta-feira na TV
Globo em restaurantes de Ipanema, no Rio. Lula foi ao italiano Osteria dell'Angolo. Serra, ao
francês Satyricon. O tucano ficou até as 3h no restaurante, onde se encontrou com a novelista
Glória Perez e a atriz Paula Lavigne. Lula jantou até as 4h15 e
recebeu apoio do cantor Gilberto Gil e da atriz Giulia Gam. |
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