DA REPORTAGEM LOCAL

O PT coloca hoje nas ruas um exército estimado em 700 mil pessoas -três vezes o total de filiados do partido- na tentativa de assegurar a vitória em primeiro turno de Luiz Inácio Lula da Silva.
O partido aposta na ressurreição da militância, praticamente ausente das eleições de 1994 e 1998, para convencer os indecisos e liquidar a fatura já hoje.
O exemplo a ser seguido, segundo o coordenador de mobilização da campanha, Francisco Campos, é o de 1989. Ele nega que haja "boca-de-urna", prática proibida.
"Voluntários e simpatizantes terão a função de levar nossos símbolos e cores para as ruas, sem procurar interferir em decisões já tomadas", diz Campos.
Vencendo ou não hoje, o PT promete festa para após o fechamento das urnas. O local de concentração será a avenida Paulista. Um trio elétrico, com placar da apuração, estará disponível.
"Vencendo, a militância fará festa. Se houver segundo turno, começa a arrancada para a reta final", diz Gilberto Carvalho, da coordenação da campanha.
Lula vota logo cedo e vai para casa, em São Bernardo. No fim da tarde, deve ir para o comitê.
Lula disse que, caso haja segundo turno, espera conversar com "todo mundo" em busca de apoio. "Espero contar com o apoio da maioria dos eleitores dos candidatos que não forem para o segundo turno", afirmou Lula.
Não está decidido se ele dará declaração se eleito, ou mesmo indo para o segundo turno. "Temos de pensar bem nas primeiras palavras de Lula como presidente", disse um assessor petista.


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