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Petistas acusavam PSDB de uso político de rádios
DA REPORTAGEM LOCAL
O PT já acusou o governo Fernando Henrique Cardoso de tentar usar rádios comunitárias politicamente. Em 2001, os deputados
Gilmar Machado (MG) e Walter
Pinheiro (BA) exigiram esclarecimentos dos tucanos sobre o projeto "Portal Alvorada".
Os petistas suspeitavam que o
governo estaria planejando distribuir mil rádios comunitárias em
regiões carentes do País, desde
que as emissoras se comprometessem a retransmitir programação de interesse do Planalto.
"Não tenho nada contra o projeto. Mas o que não pode é esse
portal passar na frente de cerca de
5.000 rádios que aguardam solicitação para funcionar. Imagina isso no ano que vem [2002], com a
divulgação do pacote do governo
federal. Isso é campanha eleitoral", afirmou Machado à época.
A rádio comunitária no Brasil é
historicamente alvo de interesses
políticos e eleitoreiros. Ainda que
haja trabalhos independentes e
verdadeiramente comunitários,
não são raros os casos de utilização partidária.
Números
Há atualmente no país mais de
2.000 emissoras desse tipo regularizadas. Já o número das sem autorização deve chegar perto de 15
mil, nos cálculos de José Sóter, da
Abraço (Associação Brasileira de
Rádios Comunitárias).
De acordo com a lei 9.612/98, essas emissoras -que devem ser
sem fins lucrativos- têm de ter
baixa potência de transmissão (25
watts). A Abraço afirma que uma
emissora comunitária pode ter
um alcance de até 40 quilômetros.
Sóter calcula que as comunitárias tenham mais de 40% da audiência das comerciais. Relatório
do Ibope, do início deste ano,
mostra que as FMs irregulares da
Grande São Paulo, somadas, atingem o 9º lugar do ranking.
(LM)
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