|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
FORTALEZA
Arrependidos declaram hoje apoio a Luizianne
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
Em nome de um "PT unido", o
bloco de petistas que abandonou
a candidatura de Luizianne Lins
(PT) à Prefeitura de Fortaleza no
primeiro turno se reúne hoje para
divulgar o apoio a ela, após a derrota do preferido da cúpula do
partido, Inácio Arruda (PC do B).
Entre os arrependidos, está o
deputado estadual José Nobre
Guimarães, irmão do presidente
do PT, José Genoino, que foi o
principal opositor da petista e que
chegou a sugerir a desistência.
Ontem, Guimarães conversou
com Genoino por telefone e disse
que teve a garantia de que Luizianne receberá o mesmo tratamento que os demais candidatos
do partido no segundo turno.
Isso pode significar o envio de
recursos e até de depoimentos de
petistas de peso, como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
tudo o que Luizianne não teve até
agora. Na reta final do primeiro
turno, Lula chegou a gravar mensagem de apoio a Inácio, que só
não foi exibida na propaganda
porque a coligação da petista obteve liminar da Justiça Eleitoral.
"A eleição em si sempre traz
surpresas, e em Fortaleza sempre
foi assim. Acho que prevaleceu a
novidade", disse Guimarães. No
primeiro turno, ele chegou a liderar os movimentos "Sou PT, voto
Inácio", que acabou proibido pela
Justiça Eleitoral, e "Sou Lula, voto
Inácio". Ontem, conversou com
Luizianne e se dispôs, até, a participar do comando da campanha.
A petista enfrenta agora o deputado federal Moroni Torgan
(PFL), outra surpresa. Os dois
desbancaram os candidatos
apoiados pelos principais caciques políticos no Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), que apoiava o tucano Antônio Cambraia, e Ciro
Gomes (PPS), que apoiava Inácio.
Para ter selado o apoio do PT
nacional, Luizianne deverá ter
amanhã uma reunião em São
Paulo. "Agora, o que a campanha
decidir aqui, o diretório nacional
respalda", afirmou Guimarães.
Do lado adversário, Moroni negocia o apoio do PMDB do ministro Eunício Oliveira (Comunicações), o que ainda poderá ser barrado pelo governo federal. De forma velada, o pefelista já vem contando com a ajuda do ex-senador
Sérgio Machado, do PMDB.
As conversas estão mais adiantadas com o PL, partido com o
qual o candidato quase fechou a
coligação no primeiro turno. Isso
só não aconteceu porque houve
uma intervenção do governo federal, que obrigou o PL, como
chegou a declarar o próprio presidente do partido no Estado, o deputado federal Almeida de Jesus,
a integrar a chapa de Inácio, para
cobrir a ausência do PT.
Texto Anterior: Curitiba: PT ensaia troca de Duda Mendonça por outro marqueteiro, mas recua Próximo Texto: País - Salvador: PT anuncia apoio à candidatura de João Henrique Índice
|