São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2008

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Kassab afirma que sua eventual reeleição será "uma vitória de Serra"

Prefeito considera natural reconstrução "na plenitude" de aliança com PSDB, mas diz que não vai procurar Alckmin

Candidato do DEM afirma duvidar que governador esteja feliz, já que partido rachou, mas espera contar com apoio explícito agora


CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Embora se recuse a atrelar o segundo turno à corrida presidencial, o prefeito e candidato à reeleição, Gilberto Kassab (DEM), disse ontem que sua reeleição será uma vitória do governador José Serra (PSDB), de quem foi vice até 2006.
"A minha vitória significa a aprovação de uma gestão que também é dele. A minha vitória será uma vitória do Serra também. Mas isso não está atrelado a 2010", disse Kassab.
Tanto em discurso como em sua entrevista à Folha, Kassab voltou a dividir o resultado da eleição com Serra. "Divido a alegria com os partidos e com governador. Falei isso sempre muito respeitosamente. Ratifico a alegria que hoje sinto e divido com o governador."
Dizendo que duvida que Serra esteja feliz com o resultado da eleição -"ele ficou frustrado com o lançamento de dois candidatos"-, o prefeito espera a participação de Serra na campanha. "Se eu entendo que é natural a reconstrução da aliança na sua plenitude, conto com a participação dele."
Num discurso realizado no comitê de campanha, Kassab citou duas vezes o nome do ex-governador Geraldo Alckmin. "Não poderia deixar de registrar a importante participação que tem nessa avaliação a figura do governador José Serra. Faço essa manifestação de maneira muito respeitosa ao PSDB e a seu candidato Geraldo Alckmin", disse Kassab.
Mas Kassab afirmou que não procuraria Alckmin em busca do apoio. E se recusou a avaliar o comportamento do rival. "É muito difícil se elogiar um adversário. Por outro lado, é de um partido aliado. Prefiro não me manifestar. Preferia que estivéssemos todos juntos."
O prefeito também não quis responder se aceitaria o apoio formal do ex-prefeito Paulo Maluf (PP). Questionado se teme que o PT explore sua participação no governo Pitta, Kassab reagiu: "Maluf está na base do governo Lula, o PP tem ministro, apóia o presidente Lula", disse ele, ao ser lembrado que o marido de Marta Suplicy o chama de malufista.
Lembrado de que o PT explorou sua presença no governo Pitta em 2004, Kassab disse: "Perderam a eleição".
Após listar ações da cidade, Kassab disse que Marta erra ao se apresentar como candidata dos pobres. "É um grande equívoco dela. Os números mostram que fazemos e fizemos mais para os pobres do que ela.
Se ela continuar com esse discurso, ela vai estar errando de novo", disse Kassab, para quem Marta "não é dona de nada [na cidade]". "Nem eu."
Ele dedicará o programa à comparação do governo. Mas não descarta o uso das cenas de uma viagem de Marta a Milão em época de enchente. Segundo ele, isso é administrativo.


Leia a íntegra do discurso de Gilberto Kassab (DEM)
www.folha.com.br/082801



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