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Prefeito pretende promover "arrastão" de apoios partidários para isolar adversária
DA REPORTAGEM LOCAL
A campanha do prefeito Gilberto Kassab (DEM) pretende
promover um "arrastão partidário", ampliando seu arco de
alianças e isolando a adversária
Marta Suplicy (PT) no segundo
turno da disputa em São Paulo.
Na corrida pela reeleição, o
democrata também quer intensificar o ritmo de trabalho da
prefeitura e cobra dedicação
maior de seus colaboradores,
tanto os envolvidos na disputa
quanto os da administração.
Kassab não pretende procurar pessoalmente Geraldo
Alckmin (PSDB) para costura
de aliança -tarefa que caberá
ao DEM. Mas, mesmo sem
acordo, tucanos (sejam eles secretários estaduais ou municipais) vão entrar na campanha.
"Nossas prioridades são o
PSDB e o PPS, que já compõem
o nosso governo", disse Kassab.
Além do PSDB e do PTB, aliado de Alckmin no primeiro turno, e o PPS, parte do eleitorado
do PP migrará para Kassab.
Nesse caso, porém, Kassab
nem sofrerá o desgaste de estar
ao lado do ex-prefeito Paulo
Maluf. Segundo kassabistas,
Maluf tem dito que não manifestará voto por integrar a base
de apoio de Lula.
Até o PSOL, de Ivan Valente,
caminha para "liberar o voto"
de seus filiados e militantes.
Escalado para as negociações, Guilherme Afif já tem
uma reunião marcada amanhã
com o PPS. Ao listar a ordem de
conversas, Afif citou PPS, PTB
e PSDB. Segundo ele, é natural
contar com o apoio do PPS e do
PTB porque ambos integram a
base de governo Serra em São
Paulo. Em relação ao PP de
Paulo Maluf, porém, "existe
uma dificuldade. Eles integram
a base do governo federal".
No PSDB, a expectativa é que
o governador José Serra entre
na campanha. Hoje, o comando
do DEM chega a São Paulo para
se reunir com Kassab. A intenção é divulgar uma nota em que
o DEM declara apoio ao PSDB
em outras cidades. Esse, segundo o ex-presidente do partido
Jorge Bornhausen, seria o primeiro gesto de aproximação.
O chefe estadual da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, disse que "a ambigüidade hamletiana que existia foi resolvida
pelo eleitor". "Vou defender o
Kassab. Agora, é o velho conflito situação contra a oposição. E
o PSDB faz parte da situação."
Segundo o secretário municipal de Esportes, Walter Feldman, a orientação do prefeito é
de "ritmo acelerado de trabalho". "A ordem é para que não
haja confusão entre campanha
e administração. Mas a administração não pode parar. Ao
contrário, o prefeito pede ritmo
acelerado. Não só para mim.
Mas para outros secretários."
Sem muitas opções, a coordenação de campanha de Marta Suplicy diz que tentará compensar a ausência de adesões
partidárias com apoios pontuais de "líderes empresariais,
sindicais e intelectuais". Os petistas iniciaram conversas com
lideranças regionais do PSDB
para aproveitar feridas da campanha. E o presidente Lula deve voltar ao palanque de Marta
no segundo turno.
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