São Paulo, segunda-feira, 06 de outubro de 2008

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Peemedebista cresceu depois de mudar marqueteiro e assumir seu "jeito caipira"

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

Filho de prefeito, o candidato Leonardo Quintão (PMDB), 33, que disputará o segundo turno em Belo Horizonte, não perde a oportunidade de pedir voto.
No último dia de campanha, enquanto Marcio Lacerda (PSB) e o prefeito Fernando Pimentel (PT) tomavam chope na região sul de Belo Horizonte, ele caminhava pelas ruas da cidade reforçando o jargão "cê me ajuda que eu te ajudo".
Economista e administrador formado nos EUA, onde viveu por oito anos, o presbiteriano Quintão trocou de marqueteiro em agosto e assumiu seu jeito caipira, de sotaque mineiro carregado. Diz que mandou os novos marqueteiros fecharem as câmeras de seu programa eleitoral na sua pessoa. Passou a falar direto ao eleitor, sem correligionários ou apresentadores. Tinha 5min23s de programa.
Quintão abriu mão do apoio de nomes de peso do PMDB, como os ministros Hélio Costa (Comunicações) e José Gomes Temporão (Saúde). Usou isso como contraponto ao fato de Lacerda ter Pimentel e o governador Aécio Neves (PSDB) como padrinhos. Repetiu que padrinho não governa e que o eleitor é quem escolhe.
Adotou o discurso de que seu objetivo principal na prefeitura é "cuidar de gente", e que vai continuar todos os projetos da gestão Pimentel. Mas diz que saúde, educação e emprego se sobrepõem às "megaobras".
Quintão também abusou das afirmativas de que é "amigo" e "aliado" de Aécio, vinculação que incomodou os adversários. Em avaliação da eleição feita na noite de ontem, a coordenação da campanha de Lacerda disse à Folha que fará um trabalho para desatrelar a imagem do peemedebista da de Aécio.
A trajetória de Quintão na política foi rápida. Filiou-se ao PMDB em 2000 e foi eleito vereador de Belo Horizonte na primeira eleição que disputou. Elegeu-se deputado estadual em 2002 e federal em 2006.
Chamado de populista por Lacerda, reagiu ontem: "Não sou populista, sou popular".
Ontem, sua alegria só não foi completa porque seu pai, Sebastião Quintão (PMDB), perdeu a reeleição para o PT em Ipatinga (MG).


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