São Paulo, quinta-feira, 06 de novembro de 2003 |
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PAINEL Chorou, ganhou A presença da agência de Duda Mendonça entre as três vencedoras da licitação de publicidade da Petrobras mostra a eficiência da estratégia do marqueteiro de Lula. Ao anunciar, dias atrás, a intenção de não renovar contrato com o PT, Duda buscava sobretudo fortalecer-se na disputa pela conta da empresa. Amigo do rei Na área de comunicação do governo e na própria Petrobras havia resistência à escolha de Duda, por temor de desgaste de imagem e avaliação de que seu espaço já é de bom tamanho. A bênção do Planalto foi decisiva para entregar a ele a mais cobiçada jóia da publicidade estatal. Mesma moldura O perfil dos vencedores da Petrobras lembra o resultado da licitação da Secom. Nela também, ao lado de Duda, ganhou uma "novata" em propaganda governamental, a Lew, Lara. Agora, essa agência é a F/Nazca. A terceira empresa -Interamericana- já atende a estatal. Próximo capítulo No governo, há quem considere que, conquistada a Petrobras, ficam reduzidas as chances de Duda levar também a conta da Caixa Econômica, próxima a ser licitada. Outros, porém, avaliam que o marqueteiro tem músculo e respaldo para pelo menos mais uma vitória de monta. Nas cavernas De licença médica, a senadora Ideli Salvatti (PT) estava em Florianópolis recuperando-se de cirurgia, na semana passada, quando houve o apagão: "Foram ecos da vida nas cavernas". Bolsa-Voto O governo Lula decidiu ser mais rígido na inclusão do que na exclusão de nomes do cadastro do Bolsa-Família. Reconhece que há uso político, com vistas à eleição de 2004, em cidades do interior, nas quais foi constatado acréscimo irregular de famílias aptas a receber o benefício. Choque de penas É grande a agitação entre tucanos "históricos" que disputam a vaga de candidato do PSDB à Prefeitura de SP. Eles enxergam na série de ataques à polícia a chance de interromper o vôo do secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, outro aspirante à indicação do partido. Perdas e ganhos No que diz respeito ao eleitorado, é cedo para calcular o efeito dos atentados sobre o futuro de Abreu Filho. A depender do desfecho, a crise pode até fortalecê-lo. Mas, do ponto de vista partidário, a ofensiva do crime enfraquece bastante a posição do secretário na disputa interna pela candidatura a prefeito. Calculadora na mão Governadores do Nordeste entregarão na terça a José Sarney uma carta com duras críticas à reforma tributária. Usarão números para argumentar que a região será prejudicada. Pedirão mudanças no ICMS e no Fundo de Desenvolvimento Regional e participação nas contribuições. Ideologia prática O PMDB avisou ao Planalto que quatro senadores votarão contra a reforma da Previdência: Ramez Tebet (MS), Sérgio Cabral Filho (RJ), José Maranhão (PB) e Mão Santa (PI). Alegam impedimento ideológico, mas também reclamam que o governo não atende seus pleitos. Visita à Folha Alencar Burti, presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae-SP (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e ex-presidente da Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo) e da ACSP (Associação Comercial de São Paulo), visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Flávio A. Corrêa, presidente da Results International Consulting e assessor pessoal de Burti. TIROTEIO Do deputado Ivan Valente (PT-SP), que começa hoje a colher assinaturas para abaixo-assinado contrário à renovação do acordo com o FMI, anunciado na terça pelo governo: -É uma decisão que aprofunda nossa dependência e nos faz continuar andando de muletas. O governo não ouviu sua própria bancada a respeito do assunto. Fomos atropelados pela direção do partido. CONTRAPONTO Ciência dos números
Número que representa o PT
nas cédulas eleitorais, o 13 está
se tornando também um símbolo do debate sobre os produtos
transgênicos no Brasil. |
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