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STF reconduziu Ali Mazloum à 7ª Vara Criminal
FREDERICO VASCONCELOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Graças a duas decisões do
Supremo Tribunal Federal, o
juiz federal Ali Mazloum retornou à 7ª Vara Criminal
Federal, da qual fora afastado em 2003, na Operação
Anaconda. Em 2004, o STF o
isentou da acusação de participar da quadrilha que negociava sentenças judiciais; e,
em 2006, o absolveu da acusação de abuso de poder.
Desde então, o magistrado
se diz vítima da PF, do Ministério Público e da imprensa:
"Se o mesmo tratamento que
tem sido dado a mim fosse
dado a outros juízes, não sobrariam magistrados para
julgar ninguém", afirmou em
2004, quando o TRF-3 recebeu a denúncia da Anaconda.
O MPF acusou Ali Mazloum e seu irmão, o juiz federal afastado Casem Mazloum, de utilizarem-se dos
""serviços" prestados pela
quadrilha para obter vantagens ou favores ilícitos".
No mesmo dia em que o
Órgão Especial do TRF-3 iniciava a sessão secreta de julgamento da Operação Anaconda, o STF, ao julgar habeas corpus, excluiu Ali Mazloum da ação penal por formação de quadrilha.
"Fomos surpreendidos pela decisão num habeas corpus impetrado há quatro meses, exatamente no dia do
julgamento. Foi falta de respeito com o Tribunal Regional Federal", disse na época a
procuradora Janice Ascari.
Em agosto de 2005, o ministro Gilmar Mendes concedeu liminar suspendendo
interrogatório de Ali Mazloum na véspera do depoimento sobre a acusação de
abuso de poder e ameaça a
policiais rodoviários. Essa
ação foi extinta um ano depois. A 2ª Turma do STF, por
unanimidade, acompanhou
Mendes, que considerara a
denúncia inepta: "Algumas
condutas podem até ser moralmente ou funcionalmente
reprováveis, mas assumem o
caráter de mera irregularidade administrativa, e não se
justifica a proposição de
ações penais", disse o relator.
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