|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
"Conselhão" propõe limitação das reeleições
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, órgão criado pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva para propor políticas públicas, apresentou ontem seu projeto para a
reforma política, que inclui limitação das reeleições dos congressistas, voto em lista fechada e proibição de deixar o cargo
para disputar outro posto, entre outras medidas.
O "Conselhão", como é chamado o órgão composto por integrantes de várias áreas da sociedade, também deverá encomendar uma pesquisa à Fundação Getúlio Vargas para saber a
posição de deputados e senadores sobre a reforma política e
também sobre educação.
Muitos dos pontos listados
pelo conselho dificilmente vão
passar pelo Congresso Nacional, que já discute pontos da reforma política, mas sem consenso aparente.
A limitação do número de
mandatos dos parlamentares,
que poderiam se reeleger apenas uma vez, tem possibilidade
próxima de zero, como reconheceram os próprios conselheiros na reunião de ontem.
O texto defende o voto em
lista, mecanismo pelo qual os
partidos indicam a ordem dos
parlamentares que querem ver
no Congresso. Mas a proposta
deixa em aberto se seria lista fechada ou aberta (em que o eleitor pode mudar a ordem apresentada pelo partido).
Outro ponto que deve causar
polêmica é a proibição de que
um político deixe um cargo para se candidatar ou ocupar outro posto. A eleição de 2006
mostra que a medida é prática
comum. José Serra (PSDB), por
exemplo, deixou a Prefeitura
de São Paulo com menos de
dois anos de mandato e foi eleito no primeiro turno para o governo do Estado. Também
consta da proposta o financiamento público de campanha,
sempre defendido inclusive pelo presidente Lula.
Poderia ser um sistema que
proíba as doações de pessoas e
empresas ou um misto, que financie as campanhas com dinheiro público, mas permita
doações privadas, de acordo de
um teto estipulado.
Por fim, o texto defende ainda a fidelidade partidária e a
cláusula de barreira, mecanismo com o objetivo de cortar
dos partidos que não tenham
um desempenho mínimo o
acesso à maior parte da verba
dada pela União às siglas.
Texto Anterior: PMDB se reúne para dizer que terá candidato Próximo Texto: No Senado: PDT deve apoiar reeleição de Renan à presidência da casa Índice
|