DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A assessoria de comunicação da Varig informou que Otto Ernst Meyer se afastou da presidência da empresa durante a Segunda Guerra Mundial "para evitar especulações futuras".
Segundo a assessoria, isso foi uma "grande demonstração de amor ao empreendimento" por parte de Otto Meyer, e a intenção do fundador da empresa era impedir que a Varig tivesse qualquer prejuízo por causa de sua origem germânica, já que o Brasil havia entrado na guerra ao lado dos Aliados.
Em uma publicação sobre sua história, a Varig diz que Meyer renunciou à presidência da companhia "embora fosse instado a não fazê-lo".
De acordo com a assessoria da Varig, o fundador da empresa "jamais" esteve associado a nenhuma "questão ideológica" e sua vinda ao Brasil teve como único objetivo criar uma companhia aérea.
A assessoria informou não haver notícias sobre qualquer represália à empresa por conta de suas supostas ligações com o nazismo. Ainda segundo a assessoria, a investigação feita por autoridades norte-americanas e brasileiras era "natural" por causa da origem germânica de Otto Meyer.
Otto Meyer deixou a presidência da empresa em 1941, sendo substituído por Ruben Berta -funcionário da companhia desde sua fundação.
No ano seguinte, Berta inaugurou as primeiras rotas internacionais da companhia (para Montevidéu e Buenos Aires) e, em 1945, criou uma fundação de funcionários, para a qual transferiu metade das ações da companhia.
Nos anos 60, a Varig assumiu o controle da Real-Aerovias e, durante o regime militar, absorveu a Panair e a Cruzeiro.


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