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Reitor afirma que pagou jantares a comitivas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O reitor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo),
Ulysses Fagundes Neto, disse,
por e-mail, que algumas das
despesas em restaurantes de
São Paulo referem-se a jantares
ou almoços em que ele recebeu
comitivas de universidades nacionais e estrangeiras.
Já os gastos em Brasília, disse, foram realizados quando ele
viaja à capital para reivindicar
emendas para a universidade
junto a parlamentares.
Segundo o reitor, ele "não
dispõe de verba de gabinete ou
de representação para arcar
com despesas para viagem,
translado e hospedagem".
Ulysses disse que o "uso do
cartão corporativo é exclusivamente institucional e, quando
utilizado em despesas outras
como de viagens (fazendo a vez
de uma diária não solicitada em
tempo hábil) medicamentos ou
alimentação, foram por mim
devidamente ressarcidos".
Sobre os mais de R$ 1.000
gastos em uma farmácia, o reitor encaminhou à Folha guia
de recolhimento da União,
quando devolveu, em dezembro, os R$ 614,61 de uma compra feita quase um ano antes,
em janeiro do ano passado.
Wilde José Pereira, assistente do reitor da UnB e responsável pelo cartão que pagou despesas em padarias e lojas de
festas, disse que os gastos referem-se à "homenagens e encontros" com autoridades, como ministros, parlamentares,
embaixadores e professores.
Segundo ele, o cartão corporativo é destinado para comprar
"todo o material" que não está
disponível no depósito da UnB.
Ele garante que pesquisa e
realiza as compras nos lugares
com o "melhor preço". Confrontado com os vários gastos
na Monjolo, confeitaria de luxo
da capital federal, disse que isso aconteceu pela "disponibilidade de entregar no prazo" e
pela "localização".
Sobre os saques em dinheiro,
afirmou que algumas lojas,
mesmo em Brasília, ainda não
aceitam o cartão. Ele disse que
tudo foi solicitado pela universidade. Sobre a compra na loja
de festas Splash, ele afirma que
se refere a compra de bandejas,
copos e taças para eventos organizados pela universidade.
A reportagem tentou entrar
em contato com a assessoria da
UnB, que não funcionou ontem
devido ao Carnaval. O reitor da
Universidade Federal do Piauí,
Luiz Sousa Santos Júnior, disse
os cartões corporativos são
usados pela entidade como as
contas "tipo B", que serão extinguidas. Segundo ele, todas as
compras são fiscalizadas pela
contabilidade da instituição.
"Hoje mesmo vou pedir uma
auditoria em todos os gastos."
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