São Paulo, quinta-feira, 07 de fevereiro de 2008

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Reitor afirma que pagou jantares a comitivas

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O reitor da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Ulysses Fagundes Neto, disse, por e-mail, que algumas das despesas em restaurantes de São Paulo referem-se a jantares ou almoços em que ele recebeu comitivas de universidades nacionais e estrangeiras.
Já os gastos em Brasília, disse, foram realizados quando ele viaja à capital para reivindicar emendas para a universidade junto a parlamentares.
Segundo o reitor, ele "não dispõe de verba de gabinete ou de representação para arcar com despesas para viagem, translado e hospedagem".
Ulysses disse que o "uso do cartão corporativo é exclusivamente institucional e, quando utilizado em despesas outras como de viagens (fazendo a vez de uma diária não solicitada em tempo hábil) medicamentos ou alimentação, foram por mim devidamente ressarcidos".
Sobre os mais de R$ 1.000 gastos em uma farmácia, o reitor encaminhou à Folha guia de recolhimento da União, quando devolveu, em dezembro, os R$ 614,61 de uma compra feita quase um ano antes, em janeiro do ano passado.
Wilde José Pereira, assistente do reitor da UnB e responsável pelo cartão que pagou despesas em padarias e lojas de festas, disse que os gastos referem-se à "homenagens e encontros" com autoridades, como ministros, parlamentares, embaixadores e professores. Segundo ele, o cartão corporativo é destinado para comprar "todo o material" que não está disponível no depósito da UnB.
Ele garante que pesquisa e realiza as compras nos lugares com o "melhor preço". Confrontado com os vários gastos na Monjolo, confeitaria de luxo da capital federal, disse que isso aconteceu pela "disponibilidade de entregar no prazo" e pela "localização".
Sobre os saques em dinheiro, afirmou que algumas lojas, mesmo em Brasília, ainda não aceitam o cartão. Ele disse que tudo foi solicitado pela universidade. Sobre a compra na loja de festas Splash, ele afirma que se refere a compra de bandejas, copos e taças para eventos organizados pela universidade.
A reportagem tentou entrar em contato com a assessoria da UnB, que não funcionou ontem devido ao Carnaval. O reitor da Universidade Federal do Piauí, Luiz Sousa Santos Júnior, disse os cartões corporativos são usados pela entidade como as contas "tipo B", que serão extinguidas. Segundo ele, todas as compras são fiscalizadas pela contabilidade da instituição. "Hoje mesmo vou pedir uma auditoria em todos os gastos."


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