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DIREITOS HUMANOS
OAB critica o parecer da AGU sobre tortura durante ditadura
DA FOLHA ONLINE
O presidente da Ordem
dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, criticou ontem o
parecer enviado pela Advocacia Geral da União ao Supremo Tribunal Federal na
ação sobre a imprescritibilidade dos crimes de tortura
cometidos na ditadura.
A ação, ajuizada pela OAB,
pedia que esses crimes não
fossem considerados imprescritíveis -dessa forma
não seriam anistiados.
Mas o parecer da AGU
mantém o entendimento de
que estão perdoados os crimes de tortura cometidos
durante o regime. Para a
AGU, a Lei da Anistia é "ampla, geral e irrestrita".
Britto diz que salta aos
olhos a enorme divergência
que existe dentro do governo
sobre a questão. "A própria
AGU reconhece a fragilidade
do seu argumento quando
junta pareceres do ministro
da Justiça, do ministro da
Casa Civil e do dos Direitos
Humanos com direções diferentes entre si, alguns deles
apontando, como nós, que
tortura não é crime político".
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