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Jucá nega vínculo com "mensalão"
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Romero Jucá
(PMDB-RR), vice-líder do governo no Senado, usou a tribuna da
Casa ontem para negar seu envolvimento com o esquema do
"mensalão" e pedir providências
à Polícia Federal, à Corregedoria
do Senado e à CPI dos Correios.
De acordo com reportagem do
jornal "Correio Braziliense" publicada no domingo passado, o
motorista Roberto Jefferson Marques, ex-funcionário do gabinete
de Jucá, teria confessado, numa fita gravada por um interlocutor
não identificado, o saque de R$ 50
mil da conta do empresário Marcos Valério de Souza na agência
do Banco Rural em Brasília.
Jucá disse ser "vítima de uma
armação" arquitetada por adversários regionais (ele é pré-candidato ao governo de Roraima) e
pediu o apoio dos colegas senadores. "Se estão fazendo isso comigo, vão querer fazer também em
qualquer outro Estado. Essa matéria é muito estranha", disse Jucá, que pretende processar o jornal e os autores da reportagem.
Jucá afirmou que um assessor
do atual governador de Roraima,
Otomar Pinto, seria responsável
pela "armação". Segundo ele, Joaquim Pinto Souto Maior Neto teria oferecido R$ 350 mil para que
Roberto Marques admitisse o saque no Banco Rural. Neto negou
ter feito tal oferta. Disse que Marques procurou-o para fazer as denúncias, e ele resolveu gravar a
conversa para que houvesse uma
investigação sobre suas alegações.
No mesmo dia em que a edição
do "Correio Braziliense" circulou,
no último domingo, Marques
procurou a Polícia Federal em
Roraima para afirmar que teria sido "orientado" a ler o texto da fita
gravada que narra o saque no
Banco Rural. Ele negou ter feito
saques em benefício de Jucá.
Hoje Marques trabalha na Prefeitura de Boa Vista (RR), comandada pela mulher de Jucá, Tereza.
Na fita divulgada no domingo,
Marques afirma ser o responsável
por um saque ocorrido em Brasília, em 2004. Investigadores da
CPI dos Correios dizem que a autorização para saque atribuída a
"Roberto Marques" ocorreu na
agência do Rural da av. Paulista,
em São Paulo. Na última hora, um
funcionário da Bônus-Banval sacou no lugar de Marques.
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