DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal ouviu ontem em Brasília o ministro Walfrido Mares Guia (Turismo). O foco do depoimento foi uma operação em que uma de suas empresas, a Samos Participações, repassou R$ 501.134 diretamente a uma conta do empresário Marcos Valério de Souza em setembro de 2002.
A transação, diz a revista "IstoÉ", seria uma triangulação para pagar R$ 700 mil pelo silêncio de Cláudio Mourão, tesoureiro da campanha do senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) ao governo mineiro em 1998, na qual houve caixa dois. O ministro nega.
Mares Guia disse que não foi intimado e que sua intenção era colaborar na apuração. Reafirmou que contraiu um empréstimo em 2002 para "fazer um favor a um amigo". Ele entregou um cheque a um assessor da campanha, não tendo conhecimento de como o dinheiro chegou ao seu destino.
Outro inquérito sobre o mensalão deve ser encaminhado hoje ao STF. A PF pretende ouvir, em Curitiba, o advogado Roberto Bertholdo, que trabalha para o deputado José Janene (PP-PR) e para o ex-deputado José Borba. Segundo a "Veja", Bertholdo distribuía o "mensalão" a 55 dos 81 deputados do PMDB. (ANDRÉA MICHAEL)


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