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Brasil é 106º em atuação feminina na política local
DA REDAÇÃO
Apesar de crescente, a porcentagem de mulheres na
Câmara brasileira (8,78%) é
inferior à representação feminina nas Casas de países
como Argentina (40%), México (23,2%), EUA (17%) e
Venezuela (18,6%). Os números são da ONG IPU (Inter-Parliamentary Union),
com sede na Suíça.
A sub-representação feminina aparece também no Senado, onde as mulheres são
apenas 13,6%, quando a média no mundo é de 17,6%. Na
Espanha, por exemplo, elas
são 30%, na França, 21,9%, e
na Argentina chegam a
38,9% do Senado.
Assim como o Brasil, esse
último país possui em sua lei
eleitoral uma norma que exige dos partidos políticos uma
proporção entre homens e
mulheres no lançamento de
candidaturas.
Por aqui, no entanto, apesar de a lei 9.504, de 1997, determinar que as coligações
reservem 30% das candidaturas a um dos sexos, os números indicam que a norma
não é cumprida.
Nas últimas eleições, por
exemplo, em nenhum Estado foi atingido o índice de
30% de mulheres que concorriam a uma vaga na Câmara. O que chegou mais
próximo foi o Mato Grosso
do Sul, com 25%.
Na disputa por cargos do
Executivo, a lei também tem
sido deixada de lado. No ano
passado, o Amapá foi o Estado com maior percentual de
mulheres concorrendo a
prefeituras, 17%. A média nacional nos pleitos municipais
foi de 10%, apenas 0,5 ponto
acima das de 2004, 9,5%.
Números como esses contribuem para que o Brasil se
destaque negativamente
diante até mesmo de nações
onde se diz que a democracia
inexiste ou é muito recente.
Segundo ranking da IPU, o
país aparece na 106ª posição
entre 188 países com participação feminina na política.
Fica atrás de Afeganistão,
Iraque e Quênia. Já na América do Sul, está à frente apenas da Colômbia.
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