São Paulo, quarta-feira, 07 de abril de 2004

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OUTRO LADO

Para acusado e ex-governador, ação é política

DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

O ex-secretário de Governo do período de Jaime Lerner (1995 a 2002) José Cid Campêlo Filho afirmou ontem que se considera "o primeiro preso político do Paraná depois da ditadura". Sem citar nomes, ele acusou o governo de Roberto Requião (PMDB) e promotores públicos estaduais de perseguição política. "[Essa perseguição] parte dos mandatários do atual governo, parte dos mandatários do Ministério Público e de outras pessoas que aqui não vou citar", disse.
O ex-governador Jaime Lerner (ex-PFL, hoje no PSB) defendeu seus ex-subordinados. Em nota, afirmou que considera as prisões "absurdas e decorrentes de motivação política". Disse ainda que elas "subvertem o direito de defesa de quem, em processo judicial isento, provará sua inocência".
A Agência Folha não conseguiu falar com o advogado de Ingo Hübert, Luiz Roberto Brzezinski Neto. Hübert obteve habeas corpus, assim como o ex-secretário Campêlo Filho e os dois ex-funcionários da Copel que foram presos.
Em declarações anteriores, a defesa de Hübert disse que autorizou as operações com respaldo legal e negou desvios.
Advogados de profissão, Hübert e Campêlo Filho receberam a visita de integrantes da seção da OAB do Paraná.
Os ex-funcionários da Copel Sérgio Molinari e César Bordin não deram entrevistas. Em depoimentos anteriores, eles afirmaram que aprovaram as operações suspeitas em cumprimento a ordens superiores.
Preso no Rio, Rogério Figueiredo Vieira foi transferido para Curitiba e não falou com a imprensa. O deputado federal Carlos Rodrigues (PL-RJ), ex-bispo da Igreja Universal, disse que Vieira não foi seu assessor em 2002, mas que no ano passado trabalhou na informatização do seu gabinete.
A Adifea informou que só os diretores presos poderiam falar em nome da associação.


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