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OUTRO LADO
Para acusado e ex-governador, ação é política
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA
O ex-secretário de Governo
do período de Jaime Lerner
(1995 a 2002) José Cid Campêlo
Filho afirmou ontem que se
considera "o primeiro preso
político do Paraná depois da
ditadura". Sem citar nomes, ele
acusou o governo de Roberto
Requião (PMDB) e promotores públicos estaduais de perseguição política. "[Essa perseguição] parte dos mandatários do atual governo, parte dos
mandatários do Ministério Público e de outras pessoas que
aqui não vou citar", disse.
O ex-governador Jaime Lerner (ex-PFL, hoje no PSB) defendeu seus ex-subordinados.
Em nota, afirmou que considera as prisões "absurdas e decorrentes de motivação política".
Disse ainda que elas "subvertem o direito de defesa de
quem, em processo judicial
isento, provará sua inocência".
A Agência Folha não conseguiu falar com o advogado de
Ingo Hübert, Luiz Roberto
Brzezinski Neto. Hübert obteve
habeas corpus, assim como o
ex-secretário Campêlo Filho e
os dois ex-funcionários da Copel que foram presos.
Em declarações anteriores, a
defesa de Hübert disse que autorizou as operações com respaldo legal e negou desvios.
Advogados de profissão, Hübert e Campêlo Filho receberam a visita de integrantes da
seção da OAB do Paraná.
Os ex-funcionários da Copel
Sérgio Molinari e César Bordin
não deram entrevistas. Em depoimentos anteriores, eles afirmaram que aprovaram as operações suspeitas em cumprimento a ordens superiores.
Preso no Rio, Rogério Figueiredo Vieira foi transferido para
Curitiba e não falou com a imprensa. O deputado federal
Carlos Rodrigues (PL-RJ), ex-bispo da Igreja Universal, disse
que Vieira não foi seu assessor
em 2002, mas que no ano passado trabalhou na informatização do seu gabinete.
A Adifea informou que só os
diretores presos poderiam falar
em nome da associação.
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