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Rosinha cria fundo para "driblar" gasto com saúde no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
A Assembléia Legislativa
do Rio aprovou anteontem a
criação de um fundo que
permitirá ao governo aplicar
até 20% de suas receitas tributárias sem necessidade de
cumprir com algumas exigências constitucionais.
Com isso, o Estado ganha
margem para aplicar os recursos desse fundo sem precisar comprovar gastos com
educação, saúde, pagamento
da dívida com a União e divisão de receitas com os municípios via Fundef (Fundo
de Desenvolvimento do Ensino Fundamental).
A lei deve ser sancionada
pela governadora Rosinha
Matheus (PMDB), já que foi
o próprio governo o autor
do projeto. As bancadas do
PT e do PSDB, de oposição a
Rosinha, ameaçam contestar a legalidade do fundo caso seja mesmo sancionado.
Para a deputada estadual
Inês Pandeló (PT), o novo
fundo dá carta branca a Rosinha para fazer o que quiser
com esses recursos. "Ela já
tem 25% dos recursos do
ICMS garantidos pela lei orçamentária para aplicar onde quiser. Com esse projeto,
terá mais 20% livres."
Para o secretário estadual
de Finanças, José Bellucio
Marca, o fundo é constitucional: "A lei é constitucional. A aplicação dos recursos
será fiscalizada e vamos
manter o gasto constitucional, como já fazemos hoje".
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