DA REPORTAGEM LOCAL

Uma discussão em sala de aula em São Caetano do Sul (SP) terminou com uma professora de 45 anos prensada na lousa, sob o punho cerrado de um aluno de 17 anos.
A agressão foi registrada em boletim de ocorrência, o que acirrou ainda mais os ânimos. "Os alunos compraram a briga e eu me sentia cada vez mais assustada. Ao caminhar até a escola, olhava para trás, apreensiva", afirma Laura (nome fictício).
A professora e aluno do primeiro ano do ensino médio foram convidados pela escola a participar de um círculo restaurativo. "Não sabia o que era, mas aceitei porque a situação estava muito tensa, algo precisava ser feito."
No dia marcado, dois professores, a coordenadora de ensino e dois membros da Justiça Restaurativa ouviram os relatos dos envolvidos. "Fomos esmiuçando cada detalhe até que pedimos desculpas um para o outro."
No encontro, os dois foram convidados a executar uma atividade em conjunto -confecção de cartazes sobre cidadania. "A idéia é a escola resolver seus conflitos, não com punição, mas juntando os envolvidos para que cheguem a um acordo", diz o juiz da Infância e Juventude Eduardo Rezende Melo.


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