São Paulo, terça-feira, 07 de maio de 2002

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Planalto e PSDB recusam outro nome, apesar de ofensiva do PFL

RAYMUNDO COSTA
LUCIO VAZ


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso e o PSDB decidiram manter a pré-candidatura de José Serra à Presidência, apesar da ofensiva do PFL para a substituir o tucano.
O Planalto e o PSDB argumentam que nenhuma acusação pesa sobre Serra. E atribuem a uma "briga de comadres" a acusação de que o economista Ricardo Sérgio de Oliveira -que arrecadou fundos para a campanha de Serra ao Senado em 1994- teria cobrado propina durante o processo de privatização da Companhia Vale do Rio Doce, em 1997.
"O PSDB tem candidato, sim, e não vai trocar. O candidato é o senador José Serra. A denúncia está circunscrita a um empresário contra um ex-diretor do Banco do Brasil. Que se apure. Não temos nada a ver com isso e não temos o que esconder", disse o presidente nacional do PSDB, deputado José Aníbal (SP).
Os tucanos também dizem que não há alternativas ao nome de Serra. O ex-governador do Ceará Tasso Jereissati, por exemplo, seria vetado por Serra, ao qual continuou a fazer oposição mesmo após o paulista vencer a disputa interna pela indicação do PSDB. Além disso, carrega o estigma de ser o preferido do PFL.
Outra opção seria o presidente da Câmara, Aécio Neves (MG), 42. Político hábil, é considerado muito jovem e ainda não foi testado numa eleição majoritária. E seus índices em pesquisas, a exemplo dos de Tasso, são muito inferiores aos de Serra.
Ontem à noite, FHC teria uma reunião com José Aníbal, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), o senador José Jorge (PFL-PE) e o deputado Pimenta da Veiga (PSDB-MG). Os pefelistas iriam insistir na substituição de Serra.


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