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Planalto e PSDB recusam outro
nome, apesar de ofensiva do PFL
RAYMUNDO COSTA
LUCIO VAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Fernando Henrique Cardoso e o PSDB decidiram
manter a pré-candidatura de José
Serra à Presidência, apesar da
ofensiva do PFL para a substituir
o tucano.
O Planalto e o PSDB argumentam que nenhuma acusação pesa
sobre Serra. E atribuem a uma
"briga de comadres" a acusação
de que o economista Ricardo Sérgio de Oliveira -que arrecadou
fundos para a campanha de Serra
ao Senado em 1994- teria cobrado propina durante o processo de
privatização da Companhia Vale
do Rio Doce, em 1997.
"O PSDB tem candidato, sim, e
não vai trocar. O candidato é o senador José Serra. A denúncia está
circunscrita a um empresário
contra um ex-diretor do Banco do
Brasil. Que se apure. Não temos
nada a ver com isso e não temos o
que esconder", disse o presidente
nacional do PSDB, deputado José
Aníbal (SP).
Os tucanos também dizem que
não há alternativas ao nome de
Serra. O ex-governador do Ceará
Tasso Jereissati, por exemplo, seria vetado por Serra, ao qual continuou a fazer oposição mesmo
após o paulista vencer a disputa
interna pela indicação do PSDB.
Além disso, carrega o estigma de
ser o preferido do PFL.
Outra opção seria o presidente
da Câmara, Aécio Neves (MG),
42. Político hábil, é considerado
muito jovem e ainda não foi testado numa eleição majoritária. E
seus índices em pesquisas, a
exemplo dos de Tasso, são muito
inferiores aos de Serra.
Ontem à noite, FHC teria uma
reunião com José Aníbal, o presidente do PFL, Jorge Bornhausen
(SC), o senador José Jorge (PFL-PE) e o deputado Pimenta da Veiga (PSDB-MG). Os pefelistas
iriam insistir na substituição de
Serra.
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