São Paulo, domingo, 07 de maio de 2006

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ELEIÇÕES 2006/SÃO PAULO

Petistas apontam na prévia de hoje os seus candidatos preferidos à Casa e à Assembléia

Ex-assessores pedem votos para Palocci tentar Câmara

ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL

Atirado ao limbo depois de ter sido considerado o principal pilar do governo Lula, o ex-ministro Antonio Palocci pode ressurgir à vida pública na prévia que o PT realiza hoje em São Paulo.
Aliados de Palocci, como seu ex-assessor José Ivo Vannuchi (que continua no Ministério da Fazenda), trabalharam nos últimos para que o ex-prefeito de Ribeirão Preto seja aclamado como candidato a deputado federal.
Segundo a Folha apurou, Vannuchi e pelo menos outros dois ex-assessores ligaram para lideranças petistas na região de Ribeirão para angariar o maior número de votos possível para Palocci.
Esse trabalho é importante porque, além de decidir quem será o candidato do partido ao governo de São Paulo, os cerca de 197 mil petistas apontarão hoje na prévia os candidatos ao legislativo que gostariam de votar.
Indiciado pelas Polícias Federal e Civil de São Paulo, Palocci perdeu o foro privilegiado quando deixou a Fazenda. Como deputado, recuperaria o privilégio.
Os eleitores poderão indicar até três nomes para a Câmara e quatro para a Assembléia Legislativa. De acordo com os petistas, essa votação poderá ser utilizada como critério de desempate em caso de excesso de concorrentes na convenção de junho, quando serão oficializadas as candidaturas.
Segundo o presidente do diretório do PT de Ribeirão, Jorge Parada, Palocci terá "todas as condições" para concorrer. "É desejo do PT que ele seja candidato", disse. "O Lula também diz que não é candidato", explicou ele ao ser lembrado da última declaração de Palocci, na CPI dos Bingos, quando negou interesse pela Câmara.
Paulo Frateschi, presidente do diretório estadual, disse respeitar a decisão do ex-ministro, mas que o nome de Palocci é "ótimo". "Nós estamos respeitando, para não ficar forçando a barra, mas já fiz publicamente o pedido para ele ser. Se ele quiser ser, nós vamos achar muito bom."
Os indicados na votação não serão automaticamente lançados candidatos. Após a apuração, eles serão chamados para confirmar o interesse pela disputa. As macrorregiões também farão relatórios das possibilidades de vitórias de cada candidato. Desses dois cruzamentos, sairá uma lista a ser oficializada nas convenções.


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