|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
ELEIÇÕES 2006/SÃO PAULO
Petistas apontam na prévia de hoje os seus candidatos preferidos à Casa e à Assembléia
Ex-assessores pedem votos para Palocci tentar Câmara
ROGÉRIO PAGNAN
DA REPORTAGEM LOCAL
Atirado ao limbo depois de ter
sido considerado o principal pilar
do governo Lula, o ex-ministro
Antonio Palocci pode ressurgir à
vida pública na prévia que o PT
realiza hoje em São Paulo.
Aliados de Palocci, como seu
ex-assessor José Ivo Vannuchi
(que continua no Ministério da
Fazenda), trabalharam nos últimos para que o ex-prefeito de Ribeirão Preto seja aclamado como
candidato a deputado federal.
Segundo a Folha apurou, Vannuchi e pelo menos outros dois
ex-assessores ligaram para lideranças petistas na região de Ribeirão para angariar o maior número de votos possível para Palocci.
Esse trabalho é importante porque, além de decidir quem será o
candidato do partido ao governo
de São Paulo, os cerca de 197 mil
petistas apontarão hoje na prévia
os candidatos ao legislativo que
gostariam de votar.
Indiciado pelas Polícias Federal
e Civil de São Paulo, Palocci perdeu o foro privilegiado quando
deixou a Fazenda. Como deputado, recuperaria o privilégio.
Os eleitores poderão indicar até
três nomes para a Câmara e quatro para a Assembléia Legislativa.
De acordo com os petistas, essa
votação poderá ser utilizada como critério de desempate em caso
de excesso de concorrentes na
convenção de junho, quando serão oficializadas as candidaturas.
Segundo o presidente do diretório do PT de Ribeirão, Jorge Parada, Palocci terá "todas as condições" para concorrer. "É desejo
do PT que ele seja candidato", disse. "O Lula também diz que não é
candidato", explicou ele ao ser
lembrado da última declaração de
Palocci, na CPI dos Bingos, quando negou interesse pela Câmara.
Paulo Frateschi, presidente do
diretório estadual, disse respeitar
a decisão do ex-ministro, mas que
o nome de Palocci é "ótimo".
"Nós estamos respeitando, para
não ficar forçando a barra, mas já
fiz publicamente o pedido para
ele ser. Se ele quiser ser, nós vamos achar muito bom."
Os indicados na votação não serão automaticamente lançados
candidatos. Após a apuração, eles
serão chamados para confirmar o
interesse pela disputa. As macrorregiões também farão relatórios
das possibilidades de vitórias de
cada candidato. Desses dois cruzamentos, sairá uma lista a ser oficializada nas convenções.
Texto Anterior: Janio de Freitas: À espera da guerra Próximo Texto: Mídia: Conferência anual de ombudsmans começa hoje em SP Índice
|