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MÍDIA
Fechado ao público, evento deve reunir participantes de 14 países, que vão debater a atuação e a credibilidade dos jornais
Conferência anual
de ombudsmans
começa hoje em SP
DA REPORTAGEM LOCAL
Será aberta hoje, em São Paulo,
a 26ª Conferência Anual da ONO
(Organização de Ombudsmans
de Notícias, na sigla em inglês). O
evento é organizado pela Folha e
por seu ombudsman, Marcelo Beraba, e deverá contar com 42 participantes de 14 países, entre ombudsmans e palestrantes.
Trata-se da primeira vez que a
ONO promove sua conferência
anual fora de uma cidade européia ou norte-americana. O encontro se dará nas dependências
da Fecomércio (Federação do Comércio do Estado de São Paulo),
mas, a exemplo de encontros anteriores, será fechado ao público.
Nos dias 10 e 11, o jornal promove ainda o Fórum Folha de Jornalismo, também no auditório da
sede da Fecomércio, aberto a interessados que tenham se inscrito
previamente.
As últimas conferências da
ONO, hoje presidida pelo britânico Ian Mayes, ombudsman do
jornal "The Guardian", foram
realizadas em Londres, Saint Petesburg (cidade americana do Estado da Flórida), Istambul, Salt
Lake City, Paris e Montreal.
Para o ombudsman da Folha,
"o encontro anual é um momento
de reflexão maior sobre a qualidade do trabalho jornalístico e para
a troca de experiências".
Na conferência, que começa hoje, às 19h, os ombudsmans farão
um balanço sobre a imprensa na
América Latina e discutirão questionamentos recentes à atuação
da imprensa e ameaças à credibilidade dos jornais.
Origem
A Folha foi o primeiro jornal
brasileiro a contratar um ombudsman, o que aconteceu em
1989. A palavra ombudsman é de
origem sueca. No início do século
19, mais precisamente em 1807,
passou a designar um funcionário
nomeado para receber as queixas
dos cidadãos contra o governo e
os serviços públicos da Suécia.
O atual modelo de funcionamento do ombudsman na mídia
surgiu em 1967, nos Estados Unidos, num jornal de Louisville, Estado de Kentucky. Por esse modelo, também adotado pela Folha, o
ombudsman tem total independência para criticar o jornal, a
emissora ou o site que o contratou. Ele não pode sofrer nenhum
constrangimento da empresa para levar a bom termo sua tarefa.
Antes da experiência americana
de 1967, no entanto, já se registravam outros mecanismos para a
coleta de queixas de leitores que
se sentiam atingidos por informações publicadas.
Foi o caso, por exemplo, do jornal japonês "Asahi Shimbun", de
Tóquio, que criou, em 1922, uma
comissão para canalizar queixas
de leitores, apurar se elas eram
procedentes e corrigir notícias.
Alguns anos antes, na Suécia,
começou a funcionar o Conselho
Sueco de Imprensa. Isso aconteceu em 1916. A instituição contava
com um ombudsman encarregado de receber protestos relativos a
informações publicadas pela mídia impressa daquele país.
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