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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA
Para pré-candidato do PSDB, promessa do presidente de que preço do combustível não aumentará só valerá até o fim da eleição
Lula foi omisso no caso do gás, diz Alckmin
SANDRESA CARVALHO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM
VITÓRIA
O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, voltou ontem a atacar, em Vitória
(ES), a atitude de Lula no caso da
crise do gás com a Bolívia, dizendo que o presidente foi "omisso" e
que teve uma posição "dúbia".
"Em vez de colocar claramente
a defesa do interesse nacional e a
defesa da Petrobras, [Lula] foi justificar uma ação violenta de expropriação dos ativos da Petrobras na Bolívia", declarou.
Na opinião do ex-governador
de São Paulo, a promessa de que
não haverá aumento do preço do
gás valerá até o final da eleição.
O presidente disse anteontem
em Aimorés (MG) que, se o preço
subir, a Petrobras irá absorver a
alta e que o custo não será repassado aos consumidores.
"O presidente Lula, ainda, está
justificando o aumento do preço,
dizendo que quem vai pagar não é
o consumidor, e sim a Petrobras.
Ou seja, já aceitando de forma antecipada que vai aumentar o preço do gás. Mesmo que a Petrobras
segure esse aumento, vai segurar
até a eleição. E, depois, quem vai
pagar é o consumidor."
Alckmin avaliou ainda que a
crise poderá afetar a confiabilidade do Brasil no exterior e atrapalhar investimentos estrangeiros.
PMDB
O pré-candidato tucano se reuniu ontem com o governador do
Espírito Santo, Paulo Hartung
(PMDB). A respeito de uma aliança com o partido, Alckmin declarou que vê com naturalidade a
possibilidade, devido ao "passado
político" de uma boa parte de integrantes do PSDB.
"Defendo um arco de alianças
forte. O PMDB tem pré-convenção no dia 13, em que o partido vai
decidir se vai manter candidatura
própria ou não. E ainda tem a
questão da verticalização. Então
vamos aguardar, tenho respeito
pelo PMDB. Nós, tucanos, fomos
do velho e bom MDB e vamos
aguardar essa convenção para ver
a decisão do PMDB", declarou.
Alckmin também voltou a falar
sobre seu desempenho no Nordeste, onde é pouco conhecido.
"Eu tenho ido bastante ao Nordeste, discutido o Brasil, mas a
campanha efetiva só começa a
partir de 5 de julho. Para isso é
que existe campanha eleitoral. Aí,
com rádio e TV, você rapidamente fica conhecido. Essa é a grande
vantagem. Onde nós somos conhecidos, eu ganho do Lula no
Brasil inteiro. Agora, os eleitores
que ainda não me conhecem vão
ter a possibilidade de conhecer."
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