São Paulo, domingo, 07 de maio de 2006

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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA

Para pré-candidato do PSDB, promessa do presidente de que preço do combustível não aumentará só valerá até o fim da eleição

Lula foi omisso no caso do gás, diz Alckmin

SANDRESA CARVALHO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM VITÓRIA

O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, voltou ontem a atacar, em Vitória (ES), a atitude de Lula no caso da crise do gás com a Bolívia, dizendo que o presidente foi "omisso" e que teve uma posição "dúbia".
"Em vez de colocar claramente a defesa do interesse nacional e a defesa da Petrobras, [Lula] foi justificar uma ação violenta de expropriação dos ativos da Petrobras na Bolívia", declarou.
Na opinião do ex-governador de São Paulo, a promessa de que não haverá aumento do preço do gás valerá até o final da eleição.
O presidente disse anteontem em Aimorés (MG) que, se o preço subir, a Petrobras irá absorver a alta e que o custo não será repassado aos consumidores.
"O presidente Lula, ainda, está justificando o aumento do preço, dizendo que quem vai pagar não é o consumidor, e sim a Petrobras. Ou seja, já aceitando de forma antecipada que vai aumentar o preço do gás. Mesmo que a Petrobras segure esse aumento, vai segurar até a eleição. E, depois, quem vai pagar é o consumidor."
Alckmin avaliou ainda que a crise poderá afetar a confiabilidade do Brasil no exterior e atrapalhar investimentos estrangeiros.

PMDB
O pré-candidato tucano se reuniu ontem com o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (PMDB). A respeito de uma aliança com o partido, Alckmin declarou que vê com naturalidade a possibilidade, devido ao "passado político" de uma boa parte de integrantes do PSDB.
"Defendo um arco de alianças forte. O PMDB tem pré-convenção no dia 13, em que o partido vai decidir se vai manter candidatura própria ou não. E ainda tem a questão da verticalização. Então vamos aguardar, tenho respeito pelo PMDB. Nós, tucanos, fomos do velho e bom MDB e vamos aguardar essa convenção para ver a decisão do PMDB", declarou.
Alckmin também voltou a falar sobre seu desempenho no Nordeste, onde é pouco conhecido.
"Eu tenho ido bastante ao Nordeste, discutido o Brasil, mas a campanha efetiva só começa a partir de 5 de julho. Para isso é que existe campanha eleitoral. Aí, com rádio e TV, você rapidamente fica conhecido. Essa é a grande vantagem. Onde nós somos conhecidos, eu ganho do Lula no Brasil inteiro. Agora, os eleitores que ainda não me conhecem vão ter a possibilidade de conhecer."


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