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ELEIÇÕES 2006
Ex-prefeito do PT nega acusação de superfaturamento
DA REPORTAGEM LOCAL
O ex-prefeito de Aracaju Marcelo Déda (PT) reagiu ontem à denúncia publicada em reportagem
da revista "Veja" sobre um suposto esquema de superfaturamento
de shows para fazer caixa de campanha. Déda disse à Folha que a
reportagem faz "ilações caluniosas e inaceitáveis" e que todos os
contratos de shows feitos pela
prefeitura serão disponibilizados
à imprensa para checagem.
Déda é o candidato favorito para disputar o governo de Sergipe e
deixou a prefeitura no dia 31 de
março. Segundo a reportagem da
"Veja", a prefeitura contratou,
sob a gestão do petista, vários artistas para shows e declarou na
contabilidade valores maiores
que os cachês recebidos pelos artistas. O contrato do cantor Daniel, por exemplo, seria de
R$ 271.500, mas o cantor disse à
"Veja" ter recebido cachê de R$
103 mil. Os contratos, conforme o
ex-prefeito, não englobam só o
cachê do artista mas também gastos com hospedagem, transporte
e aluguel de material de carga, o
que explicaria a diferença.
O petista afirmou ainda que é
tradição em Sergipe comemorar o
aniversário da cidade, em 17 de
março, com eventos festivos.
"Considero que o poder público
pode e deve promover eventos associados a inaugurações e datas
cívicas, fazendo desses eventos
atos festivos. Não vejo ilegitimidade nisso. Não admito ilações."
O ex-prefeito estava no interior
do Estado fazendo campanha política, quando falou à Folha por
telefone. Os contratos dos shows
ainda não tinham sido divulgados
até o fechamento desta edição. A
Folha procurou os escritórios de
artistas citados na reportagem,
mas as ligações não foram atendidas. Os contratos, segundo ele, estão sendo auditados pelo Tribunal de Contas de Sergipe.
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