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Marabá lidera
o ranking nos
dois governos
DA AGÊNCIA FOLHA
Marabá (a 568 km de
Belém, capital do Pará),
foco histórico de conflitos
rurais, é campeã de invasões de terra tanto no primeiro governo Lula como
no segundo governo FHC.
A cidade do sul do Pará
registrou 23 invasões a fazendas nos últimos quatro
anos. De 1999 a 2002, foram 16 ações.
"É uma área de expansão de fronteira agrícola,
com muitos latifúndios e
terras griladas", diz Bernardo Mançano, da
Unesp. Ariovaldo de Oliveira, da USP, afirma que
"Marabá é uma cidade que
tem 1,5 milhão de hectares, mas 63% deles são terras devolutas [sem registro privado nem uso pelo
poder público] da União.
Há 126 grandes imóveis
improdutivos".
Outros dois fatores ajudaram a atração de sem-terra no lugar: o fechamento, em 1992, do garimpo de Serra Pelada, que
deixou cerca de 80 mil desempregados na região. O
outro é a existência de
uma linha férrea da Vale
do Rio Doce ligando São
Luís a Parauapebas (município próximo a Marabá), o que facilitou o deslocamento de migrantes.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel (PT-RS), diz
que o governo investe na
qualidade dos assentamentos de Marabá.
Em relação a Bonito
-segundo lugar no ranking- e a Caruaru -quinto-, Pernambuco tem forte monocultura latifundiária da cana-de-açúcar.
Já Teodoro Sampaio (SP)
-terceiro lugar- fica no
Pontal do Paranapanema,
onde o MST é bem organizado. Maragogi (AL)
-quarto lugar- tem alto
índice de terras devolutas.
(JCM, TR e CA)
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