São Paulo, segunda-feira, 07 de maio de 2007

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Marabá lidera o ranking nos dois governos

DA AGÊNCIA FOLHA

Marabá (a 568 km de Belém, capital do Pará), foco histórico de conflitos rurais, é campeã de invasões de terra tanto no primeiro governo Lula como no segundo governo FHC.
A cidade do sul do Pará registrou 23 invasões a fazendas nos últimos quatro anos. De 1999 a 2002, foram 16 ações.
"É uma área de expansão de fronteira agrícola, com muitos latifúndios e terras griladas", diz Bernardo Mançano, da Unesp. Ariovaldo de Oliveira, da USP, afirma que "Marabá é uma cidade que tem 1,5 milhão de hectares, mas 63% deles são terras devolutas [sem registro privado nem uso pelo poder público] da União. Há 126 grandes imóveis improdutivos".
Outros dois fatores ajudaram a atração de sem-terra no lugar: o fechamento, em 1992, do garimpo de Serra Pelada, que deixou cerca de 80 mil desempregados na região. O outro é a existência de uma linha férrea da Vale do Rio Doce ligando São Luís a Parauapebas (município próximo a Marabá), o que facilitou o deslocamento de migrantes.
O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel (PT-RS), diz que o governo investe na qualidade dos assentamentos de Marabá.
Em relação a Bonito -segundo lugar no ranking- e a Caruaru -quinto-, Pernambuco tem forte monocultura latifundiária da cana-de-açúcar. Já Teodoro Sampaio (SP) -terceiro lugar- fica no Pontal do Paranapanema, onde o MST é bem organizado. Maragogi (AL) -quarto lugar- tem alto índice de terras devolutas. (JCM, TR e CA)


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