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Ato de índios foi "terrorista", diz governador
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
De passagem pelo Palácio do
Planalto, onde encontrou-se
com o ministro José Múcio
(Relações Institucionais), o governador de Roraima, José de
Anchieta Júnior (PSDB), aproveitou para atacar ontem a atitude de índios que, na véspera,
invadiram uma fazenda no interior da reserva Raposa/Serra
do Sol. O governador classificou o ato dos índios de "ação
terrorista" e "insanidade".
"A invasão de ontem foi uma
ação terrorista e terrorismo é
difícil de conter", disse ele.
Ontem, o governador sugeriu
que a ação dos índios possa ter
sido "induzida por alguém" e
ressaltou que há "interesses internacionais" na região.
"No momento em que a gente está esperando uma decisão
do Supremo, nada mais justo
que as partes interessadas esperem por essa decisão. É a democracia", afirmou, acrescentando: "Quem está por trás disso? Parece-me até que é como
se quisessem criar um fato novo para atrapalhar o processo".
Depois de ter classificado a
ação dos índios de terrorista, o
governador tentou amenizar as
próprias declarações. Chamou
então o ato de insanidade. Ele
também afirmou que não está
em defesa de "meia dúzia de
empresários arrozeiros", mas
sim dos interesses do Estado.
Anchieta Júnior defendeu o
direito de defesa dos arrozeiros, no caso da invasão.
O governador esteve em Brasília para defender sua posição,
contrária ao decreto da demarcação. Anteontem ele esteve no
Supremo Tribunal Federal.
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