São Paulo, quarta-feira, 07 de maio de 2008

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Câmara quer que corregedor investigue Paulinho

MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A pedido do presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), a corregedoria da Casa vai investigar as denúncias contra o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho, da Força Sindical.
Chinaglia encaminhou ontem ao corregedor, Inocêncio Oliveira (PR-PE), cópia de reportagens de jornais que apontam o suposto envolvimento de Paulinho com o esquema de desvio de recursos no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O corregedor tem autonomia para pedir explicações ao parlamentar e ouvir pessoas envolvidas no caso. Após fazer a investigação, Inocêncio pode arquivar ou entender que Paulinho quebrou o decoro ao se envolver no esquema.
Se o corregedor optar pela segunda opção, o processo é encaminhado ao Conselho de Ética. As penas podem variar desde uma punição verbal até o pedido de perda de mandato.
Até agora, segundo a assessoria do corregedor, Inocêncio arquivou todos os processos que apurou em sua gestão.
Ontem, Inocêncio estava fora de Brasília e não foi localizado para comentar as denúncias contra Paulinho. Sua assessoria informou que ele ainda não foi informado oficialmente sobre o pedido de Chinaglia.
Apesar de determinar a apuração, o presidente da Câmara lembrou que a atitude não significa antecipar o resultado.
"Na corregedoria há um espaço amplo de esclarecimento. Acho importante até para que ele [Paulinho] se explique. Ele tem que ter a possibilidade de dar a sua versão sobre os fatos", afirmou Chinaglia.
Paulinho fez um discurso ontem na Câmara. O deputado negou envolvimento no caso que foi investigado pela Polícia Federal.
Não há prazo para a finalização dos trabalhos da Corregedoria da Câmara.
A investigação pode envolver também o líder Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), que teve seu nome mencionado na Operação Santa Tereza.
Após determinar a investigação, Chinaglia revelou que vai instalar hoje uma comissão especial para analisar a PEC (proposta de emenda constitucional) que acaba com o foro privilegiado para os parlamentares.


Texto Anterior: Ex-dirigentes dizem que PDT cobrou para oferecer legenda
Próximo Texto: Mesa diretora: Auxílio para funeral será reavaliado
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.