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Câmara quer que corregedor investigue Paulinho
MARIA CLARA CABRAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A pedido do presidente da
Câmara, Arlindo Chinaglia
(PT-SP), a corregedoria da Casa vai investigar as denúncias
contra o deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o
Paulinho, da Força Sindical.
Chinaglia encaminhou ontem ao corregedor, Inocêncio
Oliveira (PR-PE), cópia de reportagens de jornais que apontam o suposto envolvimento de
Paulinho com o esquema de
desvio de recursos no BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
O corregedor tem autonomia
para pedir explicações ao parlamentar e ouvir pessoas envolvidas no caso. Após fazer a investigação, Inocêncio pode arquivar ou entender que Paulinho quebrou o decoro ao se envolver no esquema.
Se o corregedor optar pela segunda opção, o processo é encaminhado ao Conselho de Ética. As penas podem variar desde uma punição verbal até o pedido de perda de mandato.
Até agora, segundo a assessoria do corregedor, Inocêncio
arquivou todos os processos
que apurou em sua gestão.
Ontem, Inocêncio estava fora de Brasília e não foi localizado para comentar as denúncias
contra Paulinho. Sua assessoria
informou que ele ainda não foi
informado oficialmente sobre
o pedido de Chinaglia.
Apesar de determinar a apuração, o presidente da Câmara
lembrou que a atitude não significa antecipar o resultado.
"Na corregedoria há um espaço amplo de esclarecimento.
Acho importante até para que
ele [Paulinho] se explique. Ele
tem que ter a possibilidade de
dar a sua versão sobre os fatos",
afirmou Chinaglia.
Paulinho fez um discurso ontem na Câmara. O deputado
negou envolvimento no caso
que foi investigado pela Polícia
Federal.
Não há prazo para a finalização dos trabalhos da Corregedoria da Câmara.
A investigação pode envolver
também o líder Henrique
Eduardo Alves (PMDB-RN),
que teve seu nome mencionado
na Operação Santa Tereza.
Após determinar a investigação, Chinaglia revelou que vai
instalar hoje uma comissão especial para analisar a PEC (proposta de emenda constitucional) que acaba com o foro privilegiado para os parlamentares.
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