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Palavra usada por Lula é "cooperar", afirma Amorim
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Apesar de não comentar
especificamente documentos oficiais norte-americanos sobre conversas entre os dois governos,
o ministro Celso Amorim
(Relações Exteriores) disse ontem que a posição do
presidente Lula em relação aos países vizinhos é
apenas de "cooperação".
Questionado sobre o papel de Lula na região à
época dos documentos (no
primeiro mandato), Amorim disse: "Participei de
inúmeras conversas do
presidente Lula com o
presidente [Hugo] Chávez
[Venezuela] e com o presidente Evo Morales [Bolívia]. Nunca ouvi o presidente usar palavras como
conter, reprimir ou dificultar. A palavra que ele
usa sempre é cooperar".
Pelos documentos, divulgados ontem pelo jornal "Valor Econômico", o
ex-ministro José Dirceu
foi aos EUA em 2005 e disse à secretária de Estado,
Condoleezza Rice, que o
governo Lula estava disposto a usar sua influência
na América Latina para
exercer um papel de moderador da região, conter
as ambições e deter o tom
beligerante de Chávez.
O assessor especial da
Presidência, Marco Aurélio Garcia, disse ontem que
"não viu nada demais" nos
textos e que "era mais do
que sabido" que Dirceu tinha viajado aos EUA e à
Venezuela. Para o Itamaraty, os documentos não
são reveladores, porque só
mostram que o Brasil se
considera um agente de
moderação na região.
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