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"Vamos fazer próximo presidente", diz Lula
Durante discurso, público gritava "Dilma, Dilma'; potencial candidata em 2010, ministra estava no palco
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem a uma
platéia de 5.000 pessoas, em
Manaus, que vai "fazer o próximo presidente da República".
Algumas pessoas na platéia
gritaram o nome da ministra
Dilma Rousseff (Casa Civil),
que estava no palco sentada ao
lado do presidente e é possível
candidata à sucessão de Lula.
"Agora, o que eles [oposição]
têm que saber, em alto e bom
som, e podem até ficar mais
com raiva de mim, é que nós vamos fazer o próximo presidente da República neste país. Eles
podem ficar certos", disse Lula,
seguido dos gritos de "Dilma,
Dilma" vindos da platéia.
O discurso foi feito na inauguração de obras de urbanização no igarapé da Cachoeirinha. Pessoas presentes seguravam cartazes com a frase "Dilma, presidente da República".
"Esses atos estão ficando
complicados para a presença
do presidente porque a gente
não pode transformar num ato
de campanha", afirmou Lula.
"Vocês viram que, por cuidado, não citei nomes. Vocês [platéia] é que, de enxeridos, gritaram os nomes", continuou.
Dilma discursou antes do
presidente e se restringiu a falar dos projetos do governo federal no Estado e dos convênios assinados, de R$ 1,2 bilhão.
Lula também visitou obras
de ponte no rio Negro e foi à
inauguração de reservatório de
água com o governador Eduardo Braga (PMDB) e o prefeito
Serafim Corrêa (PSDB).
Ao ser indagado pela imprensa local se disputaria o Senado
em 2010, como anunciou o PT-AM, Lula negou e disse que devia ser "gentileza de algum
companheiro". Ele voltou a negar interesse em concorrer a
um terceiro mandato.
Na inauguração do reservatório, o prefeito disse a Lula que
a dona-de-casa Maria do Socorro Bento da Silva, 40, passou 15
anos sem banho de chuveiro.
"A mulher gosta de três coisas",
disse Lula. "Primeiro, ela quer
ter uma casa; depois, quer se
casar com um cara bonito e trabalhador; terceiro, quer ter um
carro; e em quarto lugar, quer
ter um computador", disse.
"O marido eu não posso resolver. Agora, a casa, o computador e o carro, na hora em que
melhoram as condições econômicas do país, melhora a de vocês e todo mundo vai poder resolver esse problema."
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