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outro lado
Líder do DEM reconhece erro e devolve dinheiro
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O líder do DEM na Câmara, deputado Paulo Bornhausen (SC), reconheceu que foi
um erro usar a estrutura da
liderança para distribuir material da campanha do presidenciável tucano José Serra
e devolveu o dinheiro.
Após ser questionado pela
Folha, sua equipe calculou
em R$ 237,33 o total gasto
com papel, servidores e tinta
de impressora. O dinheiro foi
depositado na conta do Tesouro. O recibo foi encaminhado para a reportagem na
tarde de ontem.
"Infelizmente, não tem como não assumir o erro. Não é
papel da Câmara fazer esse
tipo de trabalho", disse Bornhausen, acrescentando que
foi uma falha operacional.
Corregedor da Câmara, o
deputado ACM Neto (DEM-BA) considerou "inadmissível" servidor do seu gabinete
usar e-mail funcional para
passar mensagens e decidiu
exonerá-lo ontem mesmo.
Ele afirmou que não sabia
do fato, pois não pode controlar e-mails de servidores.
"Não é possível que se use
instrumento público para
disseminar qualquer coisa de
caráter eleitoral. Repudio
completamente."
O servidor que repassou o
e-mail, Ademir Correia Souza, ocupava cargo comissionado, na área administrativa,
na segunda Vice-Presidência
desde o ano passado. Ele disse que enviou o e-mail "por
engano". "Veio para mim e
repassei sem querer. Não tenho nada a ver com isso, inclusive sou eleitor do Lula."
O líder do PP, deputado
João Pizzolatti (SC), também decidiu exonerar o servidor Nehemias Oliveira,
funcionário comissionado da
Câmara que pode responder
a processo administrativo.
"Se alguém fez essas ofensas,
tem que ser punido."
O deputado considerou
que "o excesso de informática" será um "problema nesta
campanha porque pode permitir que os candidatos sejam caluniados, muitas vezes, de forma anônima.
Oliveira disse que não foi
ele quem redigiu o e-mail,
apenas o repassou a uma lista de conhecidos. "O e-mail é
corporativo, mas é meu, está
no meu nome", disse. Ele
afirmou que não faz campanha para nenhum político
porque "não acredita neles".
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