São Paulo, quinta, 7 de maio de 1998

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PRECATÓRIOS
O delegado Gilberto Américo pediu a prisão de ex-prefeito
Maluf insinua a existência de ligação entre policial e PSDB

da Sucursal de Brasília

O ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) insinuou ontem que há ligações políticas entre o PSDB e o delegado Gilberto Américo, da Polícia Federal, que pediu a sua prisão temporária.
"Deveriam investigar esse delegado. Por que ele visita o Palácio dos Bandeirantes (sede do governo paulista) a cada 15 dias?", afirmou Maluf, após reunião da Executiva Nacional do PPB.
O delegado sugeriu a prisão temporária de Maluf e do prefeito Celso Pitta (PPB) porque eles estariam se recusando a prestar depoimento no inquérito sobre a emissão de precatórios (títulos para pagamento de dívidas judiciais) pela Prefeitura de São Paulo.
Segundo Maluf, a sua agenda é pública: "Dizer que não sabe onde está Paulo Maluf é, no mínimo, um ato de incompetência".
Para Maluf, o pedido do delegado tem motivações políticas: "Não sou réu na ação, sou testemunha. E esse delegado fez esse escândalo político. É claro que há motivação política". Maluf chamou o governador Mário Covas (PSDB) de "indeciso e inseguro". "No caso do fogo em Roraima e da seca, o governo teve o bom aconselhamento de Covas, que sempre chega um ano atrasado".
A Executiva Nacional do PPB divulgou nota em que acusa o delegado de agir com má-fé e motivação política para "beneficiar alguém a quem não interessa que Paulo Maluf lidere a lista dos preferidos pela população para ser o próximo governador paulista".
A assessoria de imprensa da PF informou que Américo não irá se pronunciar. A assessoria de imprensa de Covas também não respondeu às críticas de Maluf.


Colaborou a Reportagem Local


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