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BAHIA
Fazendeira é condenada por trabalho escravo
LUIZ FRANCISCO
DA AGÊNCIA FOLHA,
EM SALVADOR
A Justiça Federal na Bahia condenou uma fazendeira a três anos e quatro
meses de prisão e multa de
R$ 1.245 pela prática de
trabalho escravo.
Segundo o Ministério
Público Federal, a fazendeira Claudete Nilza Sagrilo e o marido dela, Leliano Sérgio Andrade, que
já morreu, "contrataram"
21 pessoas -entre as quais
duas crianças e um adolescente- para trabalhar em
carvoarias nas fazendas
Santa Clara, Progresso e
Esperança, em Baianópolis (833 km de Salvador).
Em média, os "contratados" tinham jornada diária de 16 horas, sem descanso semanal, não recebiam os valores combinados e direitos trabalhistas.
A Procuradoria acusou o
casal de submeter os trabalhadores à condição
análoga à escravidão.
Conforme a ação, os
funcionários dormiam no
chão, em barracos de madeirite e não tinham água
potável para o consumo.
A pena de Sagrilo foi
substituída de prisão por
prestação de serviços à comunidade pelo prazo da
condenação. O advogado
dela, Isidro Cruz, disse que
não vai recorrer.
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