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Prioridade é reforma política para eleição de 2002
do Painel
A estratégia do Movimento
Agenda Parlamentar 97 para aprovar a reforma política, prioridade
do grupo, é fazer com que as novas
regras valham a partir das eleições
parlamentares de 2002.
"Paciência. Sem pular uma legislatura, não dá. Um país não se
faz em dois ou três anos", diz Michel Temer. Para Paulo Bernardo
(PT-PR), falar em mudança para
98 "é como dar um tapa em uma
caixa de marimbondo".
Os líderes do movimento dizem
que o corporativismo dos parlamentares impede que a reforma
valha a partir de 98. Os congressistas não vão querer implantar já regras que controlem o habitual troca-troca de legendas pré-eleição.
Vários deputados fazem cálculos
de quantos votos podem conseguir e procuram um partido em
que o resultado garanta uma vaga
no Legislativo.
Franco Montoro (PSDB-SP) colhe assinaturas para emenda constitucional que institua a fidelidade
partidária. O mandato deixaria de
ser do parlamentar para pertencer
ao partido. Se ele sair da legenda,
perde o cargo. Lei complementar
disciplinaria exceções.
O voto distrital misto é outra
proposta que ficaria para 2002.
Hoje, as 70 vagas de São Paulo
são divididas de forma proporcional à votação dos partidos. São
eleitos os mais votados em cada legenda. Um candidato disputa votos em todas as cidades do Estado.
Com a nova fórmula, o Estado
seria dividido em 35 distritos. Cada partido lançaria um candidato
por distrito, sendo eleito o mais
votado. As outras 35 vagas seriam
preenchidas pelo sistema atual.
O tamanho das bancadas é o tema que encontra mais resistência.
Parlamentares do Sul e Sudeste
acham que, excluindo mudanças
no Nordeste, se conseguiria diminuir o tamanho das bancadas do
Norte e Centro-Oeste. A bancada
mínima, hoje de oito deputados,
poderia ser de cinco.
(KA)
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