São Paulo, domingo, 07 de julho de 2002

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PAINEL

Divisão do bolo
O PSDB prometeu ao PFL que o partido terá dois ministérios num eventual governo Serra. Um dos cargos iria para o grupo de Cesar Maia (RJ). O outro, para dirigentes do NE. Pelo menos 14 diretórios pefelistas estão com o tucano. Mas Jorge Bornhausen e ACM preferem Ciro.

Poder de atração
Com a promessa de ministérios, Serra tenta segurar o PFL no momento em que Ciro o ameaça nas pesquisas. O tucano teme que Jorge Bornhausen e ACM consigam arrastar o restante do partido para o palanque do candidato do PPS.

Tabela de resultados
Cesar Maia (RJ) joga todas as suas fichas na eleição de Serra. O prefeito do Rio aposta que, se o tucano for eleito, conseguirá assumir o controle da máquina do PFL, pois ACM e Jorge Bornhausen ficariam fragilizados por terem apoiado Ciro (PPS).

Suprapartidário
Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, prepara cartazes para sua campanha a deputado federal em São Paulo com a seguinte mensagem: "Valdemar deputado, Lula presidente e Maluf governador".

Versão 2002
Lula, no final das contas, entra na campanha presidencial com acordos de coexistência pacífica com ACM na BA, Maluf e Quércia em SP e, possivelmente, com Newton Cardoso em MG (a depender da reação de Itamar).

Motivo declarado
Explicação da Casa da Criação, agência carioca de propaganda, sobre o motivo de ter contratado o Ibope para realizar pesquisa de intenção de voto à Presidência: usar os dados "como sinalizadores estratégicos para o lançamento de um site de conteúdo político na internet". A pesquisa custará R$ 75 mil.

Crise interna
Moacir Kohl, vice-governador do MS, rompeu com Zeca do PT e lançou sua candidatura ao governo pelo PDT, ameaçando denunciar irregularidades no mandato do qual participou.

Aposentadoria capixaba
Ex-ministro da Defesa e ex-líder do governo no Senado, Elcio Alvares (PFL) renunciou à sua candidatura ao Senado no ES e retirou-se da vida pública.


Parceria abalada
Romeu Tuma (PFL) costura uma dobradinha informal com Orestes Quércia (PMDB) na eleição para o Senado em São Paulo. O PFL paulista considera que, depois de obter o tempo de TV do partido, Geraldo Alckmin passou a dar atenção apenas para a candidatura do tucano José Aníbal ao Senado.

Ganhar tempo
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) quer a convocação de sessões extraordinárias no recesso parlamentar da Assembléia de São Paulo para aprovar projetos que renderiam uma arrecadação extra de R$ 150 milhões em curto espaço de tempo -ainda na campanha eleitoral.

Linha auxiliar
Ciro Moura (PTC), metralhadora nanica a serviço de Paulo Maluf na eleição para prefeito em 2000, está de volta. Disputará o governo de São Paulo. Alckmin (PSDB) será o alvo.

Telinha ligada
A partir de amanhã, os tribunais regionais eleitorais passarão a convocar partidos e emissoras de TV para elaborar um plano de mídia para o uso das inserções eleitorais (comerciais) a que os candidatos têm direito.

Mão única
Marconi Perillo (PSDB-GO) inaugurou na última quinta-feira a pavimentação da BR-414, obra feita com 90% de recursos federais e 10% de Goiás. Detalhe: o governador não avisou nem convidou ninguém do governo federal para o evento.

TIROTEIO

Do deputado Aloizio Mercadante (PT), candidato ao Senado em São Paulo, sobre a petista Heloísa Helena ter desistido de sua candidatura ao governo de Alagoas por não concordar com a coligação com o PL:
- A missão de eleger Lula é muito maior do que qualquer projeto pessoal no Estado de Alagoas. Todo petista tem de dar sua cota de sacrifício para fazer o Lula presidente.

CONTRAPONTO

Coerção ortográfica

O presidenciável Ciro Gomes (PPS) participou na quinta, em um hotel de São Paulo, do lançamento da candidatura de Antônio Cabrera (PTB) ao governo paulista pela Frente Trabalhista (PPS-PDT-PTB). Cabrera foi ministro da Agricultura no governo de Fernando Collor e secretário de Agricultura no primeiro mandato do governador Mário Covas em São Paulo.
O ex-deputado federal Gastone Righi, presidente do diretório estadual do PTB, cometeu uma gafe ao chamar o candidato, ao microfone, de ex-ministro Antônio "Carrera".
O deputado federal João Herrmann (PPS-SP), na ponta da mesa, corrigiu na hora:
- Cabrera, Cabrera.
Righi deu um sorriso amarelo e explicou para a platéia:
- Eu posso errar porque o Cabrera é do meu partido. Se fosse do PPS, o João Herrmann vinha aqui me bater!



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