São Paulo, quinta-feira, 07 de julho de 2005

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PAINEL

Outra estrela
Sem prejuízo da influência do ministro Luiz Gushiken (Secom) sobre os fundos de pensão, não é ele o operador que, segundo declaração de Roberto Jefferson no "Programa do Jô", atuaria nessa área em benefício "de um partido político".

Medida preventiva
Alerta dos defensores da saída de Marcelo Sereno da cúpula do PT: será melhor se o secretário de Comunicação não estiver mais não cargo quando seu nome for parar, como o de Luiz Gushiken, no centro do noticiário sobre os fundos de pensão.

Corpo presente
Embora premido pelas circunstâncias a atuar exclusivamente nos bastidores, José Dirceu continua a ditar o que o PT faz e deixa de fazer na novela da substituição de seus dirigentes.

Passagem de ida
De um membro da Executiva Nacional insatisfeito com o cabresto imposto pelo ex-chefe da Casa Civil: "Só mandando o Zé Dirceu para Cuba começaremos a resolver a situação no PT".

Caminho da mesada
A oposição pedirá a declaração de IR de empregados e fornecedores que Marcos Valério apontou como beneficiários de seus saques. Acha que é mais uma versão esfarrapada entre as muitas dadas pelo empresário.

Conta outra
Também não colou a história de que Valério retirou o aval do empréstimo ao PT. Oposicionistas dizem que, se aceitou a saída do fiador de um débito não-pago, a direção do BMG terá de responder por gestão temerária.

Do além
Do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, sobre a insistência petista em usar a CPI do Mensalão para cutucar a compra de votos na aprovação da reeleição: "Tem de ver se o governo resiste até convocarmos o Serjão para ser ouvido naquela sessão espírita com o copo".

Papo cabeça
Será na segunda-feira a conversa entre Lula e o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PE), para definir a fatia do PP na reforma ministerial. O partido quer a pasta das Cidades, que por pouco não foi para o PMDB.

Flashback
Caberá a Severino, quatro meses depois de implodir a reforma, escolher o indicado do PP para o ministério de Lula. Seu preferido de agora é o mesmo de antes: o segundo vice da Câmara, Ciro Nogueira (PI).

Cada um por si
Renan Calheiros (PMDB-AL) e a oposição querem protelar a votação da LDO até agosto para evitar que o Congresso entre em recesso. Novamente na contramão, Severino fala em autoconvocação, igual a custos extras.

Café frio
O tucano Tasso Jereissati (CE) azedou a sobremesa dos convidados do deputado Delfim Netto para discutir o déficit nominal zero. Penúltimo a falar, o senador elogiou protocolarmente a iniciativa, para em seguida dizer que o governo Lula não tem condições de implementá-la.

Rasgando a fantasia
Tasso lembrou que, enquanto o grupo discutia saídas para o país, Lula estava reunido com Renan Calheiros e José Sarney para "dividir cargos". Chamou a todos de fisiológicos e disse que até ministros amigos seus concordavam com essa avaliação.

Resposta indigesta
O único entre os quatro ministro presentes a reagir foi Jaques Wagner. "Não concordo", protestou o titular do "Conselhão". "Mas o senhor não é meu amigo", rebateu o tucano.

Líquido e certo
Murilo Portugal, número dois da Fazenda, foi saudado por parlamentares e empresários no jantar de Delfim como futuro presidente do Banco Central.

TIROTEIO

Do deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), da CPI dos Correios, sobre o choro de Marcos Valério em seu depoimento:
-São as mesmas lágrimas que o Delúbio usou para, sem sucesso, tentar acusar um golpe contra Lula. É mais um caso de empréstimo entre eles.

CONTRAPONTO

Fila do INSS

Ocupantes cativos de lugares na primeira fileira da CPI dos Correios, os deputados Eduardo Paes (PSDB-RJ) e Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA) conversavam ontem em um dos intervalos do depoimento do empresário Marcos Valério, que teve início por volta das 9h30:
-Cheguei à sala da comissão às 7h30, na esperança de ser o primeiro a me inscrever para questionar, mas não tive sucesso-, lamentava o pefelista.
-Quando abri a porta já estavam lá o Eduardo Paes e os senadores Heloisa Helena (PSOL-AL) e Cesar Borges (PFL-BA)-, completou ACM Neto.
O tucano o interrompeu:
-Pior fui eu. Cheguei às 7h, na certeza de que seria o primeiro. Encontrei a Heloisa Helena sentadinha na porta da CPI, com um calhamaço de papéis.
A senadora chegou às 6h30. Borges, o terceiro da fila, aportou no Senado às 7h15.


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