São Paulo, quinta-feira, 07 de julho de 2005

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ESCÂNDALO DO "MENSALÃO"/ O PUBLICITÁRIO

Empresário admite amizade com Delúbio e encontro com Dirceu e ataca ex-secretária

Valério nega "mensalão", mas não explica saques bancários

Lula Marques/Folha Imagem
Marcos Valério durante seu depoimento na comissão


DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
DO ENVIADO ESPECIAL A BRASÍLIA

Acusado de pagar um "mensalão" a deputados da base aliada, o publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza confirmou sua amizade com Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, admitiu que se reuniu com o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu no Planalto, mas disse desconhecer o suposto pagamento de mesada e repetiu várias vezes que os R$ 21 milhões sacados em dinheiro vivo de sua conta no Banco Rural foram utilizados no pagamento de fornecedores, mas se recusou dar detalhes.
Em depoimento à CPI dos Correios, Valério atacou sua ex-secretária Fernanda Karina Somaggio, levantando suspeitas de que ela tenha recebido dinheiro para dar entrevista à revista "IstoÉ Dinheiro", e criticou a imprensa por ter tido acesso, de forma "ilícita", a relatórios do Coaf sobre sua movimentação financeira.
Ele confirmou que conhece o assessor do deputado José Janene (PP), João Claudio de Carvalho Genu, mas afirmou que as declarações do deputado José Borba (PMDB) de que ele influía na partilha de cargos no governo federal "são mentirosas".
Beneficiado por um habeas corpus do STF que lhe permitia ficar em silêncio, Valério respondeu muitas vezes de forma sucinta, usando "não" ou "não tenho conhecimento". Tentou provar que não se reuniu com Roberto Jefferson em julho de 2004 para negar a acusação de que teria entregue R$ 4 milhões ao deputado.


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