São Paulo, sexta, 7 de agosto de 1998

Texto Anterior | Índice

Candidatos da ala governista já admitem derrota em Alagoas

da Agência Folha, em Maceió

A desistência do governador de Alagoas, Manoel Gomes de Barros (PTB), em ser candidato à reeleição praticamente acabou com o ânimo do grupo apoiado pelo presidente Fernando Henrique Cardoso no Estado, que já prevê derrota em outubro. Os candidatos e assessores do governador já contam com a vitória do oposicionista Ronaldo Lessa (PSB).
"Temos os três senadores, sete dos nove deputados federais, 20 dos 27 deputados estaduais e 80% dos prefeitos e mostramos total incompetência. Agora, nos restou o inferno", afirmou o deputado federal Benedito de Lyra (PFL).
A retirada da candidatura de Barros se deu, oficialmente, pelo não-cumprimento, por parte do governo federal, de repasse de R$ 122 milhões para o pagamento dos salários atrasados do governo de Divaldo Suruagy (PMDB).
No entanto, Barros não havia conseguido angariar recursos para a campanha eleitoral, que estava sem agência definida, sem outdoor e poucos "santinhos".
Prova disso foi a resposta do deputado federal José Thomaz Nonô (PSDB) ao ser convidado, por prefeitos da base governista, a substituir a candidatura do governador.
"Se o governador não conseguiu, como eu, um mero deputado federal, vou conseguir tal proeza?", disse à Agência Folha.
Nonô é o principal nome para assumir a candidatura do grupo com chance de vitória, segundo o presidente nacional do PSDB, senador Teotônio Vilela Filho (AL).
Há a hipótese de o senador Guilherme Palmeira (PFL) deixar a reeleição e disputar o governo. Palmeira só admite isso caso Nonô dispute o Senado, o que fortaleceria a chapa majoritária governista.
"Se os partidos garantirem o financiamento da campanha, Nonô entra no páreo", afirmou Fernando Sérgio Lyra (PSDB-AL), prefeito de Maragogi. (ARI CIPOLA)


Texto Anterior | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.